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Primeira Classe

Mercedes-Benz venceu a Copa do Mundo

Para o bem da nação verde e amarela, era para ter sido uma vitória da Volkswagen. Que, apesar de alemã,... leia mais

Rafaela Borges

16 de jul, 2014 · 7 minutos de leitura.

Mercedes-Benz venceu a Copa do Mundo

Actros foi caminhão escolhido para celebrar a vitória (Foto: Mercedes-Benz/Divulgação)

Para o bem da nação verde e amarela, era para ter sido uma vitória da Volkswagen. Que, apesar de alemã, reforçou sua posição como montadora mais querida do Brasil ao anunciar patrocínio, já antes da Copa na África do Sul, ao nosso maior bem esportivo, a seleção da camiseta canarinho. Para nossos eternos lamentos, levamos a pior na Copa do Brasil, o que, evidentemente, já é história exaustivamente debatida. E, para desgosto da Volks, foi outra montadora alemã que ganhou a Copa: a Mercedes-Benz.

Patrocinadora da seleção da Alemanha desde 1990, a Mercedes está tão eufórica com a vitória que é como se seus próprios executivos, engenheiros e funcionários de fábricas tivessem entrado em campo para defender as cores branca e vermelha do time alemão – ou vermelha e preta, caso da camiseta “B”, já assumida homenagem ao Flamengo. E não deixou de participar da festa.

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Dieter Zetsche e a taça do mundo (Foto: DFB/Divulgação)

Para receber os campeões do mundo, na manhã desta terça-feira em Berlim, estilizou um caminhão Actros 1863 LS, de 625 cv, com uma das cores da bandeira alemã, a preta – usada na camiseta 2 da seleção na Copa da África – e imensas inscrições dos quatro anos em que a equipe do país venceu o título. Detalhe: ao lado das primeiras três estrelas, a quarta não era padrão Fifa, e sim o logotipo da Mercedes-Benz, também uma estrela.

O alemão quase brasileiro Podolski desfilou sobre o caminhão, que serviu de palco, em frente ao Portão de Brandemburgo, uns dos marcos de Berlim, junto com o técnico Joachim Löw e os heróis do tetra: Neuer, Müller, Goëtze, Schweinsteiger, Hummels, Klose e cia.

Antes disso, ainda aqui no Brasil, quem festejou com entusiasmo foi o presidente mundial da Mercedes, Dieter Zetsche. O executivo é uma das maiores figuras do setor automobilístico. Com quase 2 metros de altura e um semblante que, à primeira vista, pode parecer um pouco sisudo, Zetsche é, na verdade, um grande brincalhão, tão carismático quanto Lukas Podolski. Nunca economiza no humor.


Conhecido no meio automotivo brasileiro como “O Bigode” (por motivos óbvios), ele já participou de propagandas hilárias da Mercedes na Alemanha e nos EUA, na qual surge como o personagem “Dr. Z”. Em apresentações da montadora durante salões automotivos pelo mundo, sempre faz piada com o Classe A, um dos produtos da empresa. Quando se refere ao carro, surge no telão atrás do executivo a imagem de um alce, como uma mensagem subliminar.

Zetsche celebra: camiseta da Alemanha e Joachim Löw (Foto: EFE)

Isso arranca gargalhadas da plateia, pois é uma referência ao fato de o Classe A de primeira geração – que foi produzido também no Brasil – ter capotado em prova conhecida como “teste do alce” durante avaliação por uma revista europeia. A ocorrência, um escândalo à época – no final dos anos 90 -, levou a Mercedes a equipar, de série, todos os Classe A com programa eletrônico de estabilidade (ESP). E sem possibilidade de desligar a assistência.

Zetsche veio ao Brasil assistir à final no Maracanã e, todo cheio de sorrisos, posou para fotos ao lado de jogadores, da chanceler Angela Merkel e do técnico Löw. Mais tarde, na festa que celebrou o título da seleção alemã, ele fez nova pose, desta vez com a taça nas mãos.


Ouvi dizer que só podem pegar a taça os jogadores, técnico e outros integrantes da federação alemã de futebol, a DFB. Mas Zetsche não estava nem aí. Afinal, protocolos à parte, ele pode sim.

Quando o assunto é esporte e montadora, talvez Zetsche seja o homem que mais motivos tem para sorrir. Além do título da seleção que a montadora que preside patrocinou, a Mercedes, neste ano, só não levará o título da Fórmula 1 se ocorrer uma grande tragédia, ou uma reviravolta nunca antes presenciada na história da categoria. Das nove provas disputadas até agora, a equipe perdeu apenas uma.

Parabéns à seleção alemã, tetracampeã do mundo, e à sua patrocinadora, a Mercedes-Benz. E que, na próxima Copa, em 2018, na Rússia, dê Volkswagen. Isso se a marca ainda estiver patrocinando a seleção brasileira. Caso contrário, pode perder de novo que não estou nem aí.


 

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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.