Primeira Classe

Usados que valem mais do que custaram quando eram zero-km

Conheça os veículos que estão entre os melhores investimentos do mundo

Rafaela Borges

17 de mai, 2017 · 5 minutos de leitura.

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Ferrari LaFerrari
Crédito: Denis Balibouse/Reuters

Há carros que não são vendidos para qualquer cliente. A fabricante escolhe em sua listas os mais fiéis consumidores, donos de outros veículos importantes da marca, e os procura. Só eles têm o direito de comprar esses veículos e, dificilmente, alguém diz não.

(No Instagram: @blogprimeiraclasse)

Por quê? Pois, para quem tem dinheiro para bancar, trata-se de um excelente investimento, um dos melhores do mundo. O dono passa um ou dois anos divertindo-se ao volante do carro e, depois, ao revendê-lo, ganha dinheiro.


Esses carros quase sempre valem mais do que o valor pago quando eram zero-km. Isso ocorre apenas com superesportivos, a maioria feita em série especial limitada. Como é impossível comprá-los novos, milionários e bilionários do mundo pagam qualquer preço para terem o modelo de segunda mão. Muitas vezes, com o passar dos anos, os modelos valorizam ainda mais.

Alguns superesportivos nem tão limitados também fazem parte dessa lista. É o caso do 918 Spyder, da Porsche. A montadora produziu 918 unidades de seu mais rápido carro de todos os tempos. É um número alto; os modelos mais raros são feitos em séries de 10, 20, ou no máximo 100 exemplares.

Porém, o interesse no 918 Spyder foi tão grande, e os exemplares do carro foram vendidos tão rapidamente, que ele virou relíquia no mercado de usados.


No site especializado em comércio de itens usados de luxo James Edition (que foi a base para a maioria das consultas deste post), há unidades do Porsche à venda por preços entre US$ 1,5 milhão e US$ 1,9 milhão. Zero-km, o carro custava US$ 900 mil.

Outro supercarro que não é tão limitado, mas ainda assim vale ouro, é a LaFerrari. Todos os exemplares usados da máquina valem mais de US$ 3 milhões e, em alguns casos, o preço pode chegar a US$ 3,9 milhões, caso de uma unidade à venda em Londres, anunciada no James Edition.

A LaFerrari teve 499 unidades produzidas, todas já esgotadas. O preço do modelo novo era de cerca de US$ 1,5 milhão.


Intensa valorização também tem o Aston Martin One-77, que, como o nome deixa claro, foi produzido em série de 77 unidades. Quem comprou um novo pagou US$ 1,4 milhão pelo carro. No mercado de usados, ele agora vale cerca de US$ 3,4 milhões.

Um pouco menos valorizado é o Pagani Huayra, que, novo, saía por cerca de US$ 1,3 milhão.  Hoje, vale cerca de US$ 2,2 milhões. Ainda assim, um negócio e tanto para quem comprou, né?

Já quem comprou um raríssimo Lamborghini Sesto Elemento, que era o Lamborghini mais caro de todos os tempos até a chegada do Veneno, não se deu assim tão bem. É fato que o dono do supercarro desfruta, ou já desfrutou, de um dos modelos mais incríveis já construídos pela indústria automobilística.


Porém, o modelo zero-km custava US$ 3 milhões. Esse é o valor estimado também para o usado. Mesmo preço, né? Bem, depende. Considerando que seis anos se passaram desde o lançamento do modelo, e, em quase todo País, há inflação, dá para dizer que os sortudos proprietários saíram no lucro também.

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