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Primeira Classe

Avaliação: classes executivas da Europa e EUA

Conforto das poltronas, serviço de bordo, salas VIPs e atendimento em terra na partida e na chegada, além de gentileza da tripulação, foram os critérios considerados nesta avaliação

Rafaela Borges

21 de ago, 2014 · 13 minutos de leitura.

Avaliação: classes executivas da Europa e EUA
Crédito: Conforto das poltronas, serviço de bordo, salas VIPs e atendimento em terra na partida e na chegada, além de gentileza da tripulação, foram os critérios considerados nesta avaliação

Como prometido no post sobre as melhores classes executivas do mundo, faço agora a avaliação das “business class” em que já viajei. Com direito a ranking.

São empresas brasileiras, europeias e uma americana – infelizmente, o único avião em que já estive a bordo entre as companhias asiáticas, consideradas as melhores do mundo, foi da Singapore Airlines. Mas… de econômica.

Adotei, como critérios, o espaço e a posição das poltronas como item principal. Em seguida vem o atendimento em terra e a bordo, tanto na chegada quanto na partida, incluindo check-in, passagem pela imigração e pelo raio-X e entrega das bagagens. As salas VIPs surgem como o terceiro fator em ordem de relevância.

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O quarto item é a alimentação a bordo. Explico: comida de avião não é boa, no geral. Na executiva, geralmente, pelo menos não é intragável como na econômica, mas não dá para dizer que nenhuma das companhias oferece alta gastronomia. Algumas são um pouco melhores que as outras, é claro. Já o cardápio de bebidas, no geral, é de altíssima qualidade.

Por fim, considerei também como é a experiência na imigração no país de destino. Exemplo: a França é, de longe, o país que menos problemas oferece aos brasileiros. Na Inglaterra, os oficiais da imigração são os mais intimidadores. Porém, você só passará por eles se seu destino for o próprio país. Em caso de  desembarcar em Londres apenas para conexão, não. Na Espanha, os funcionários são mal humorados e cheios de má vontade.

Vamos, então, à lista


1 – British Airways 

Ouvi dizer e li por aí que as novas poltronas da Swiss e da Turkish, duas das poucas companhias aéreas europeias com as quais nunca viajei, são excelentes. Mas, dos aviões em que já estive a bordo, de longe é o 747 da British o que oferece a melhor acomodação em classe executiva. As poltronas são reclináveis em 180º; viram camas. A configuração 1-2-1, com as poltronas da extremidade em posição oposta às do centro, proporciona bom aproveitamento de espaço. Além disso, há cortinas para garantir a privacidade, formando uma espécie de cabine. O serviço é marcado pela gentileza, com comissários de bordo muito educados, prestativos e ágeis. Culinária, carta de bebidas e entretenimento de bordo vasto também merecem destaque – aliás, a alimentação é agradável até na classe econômica. O ponto fraco é a chegada à Inglaterra. Os agentes de imigração são intimidadores, fazem muitas perguntas, eventualmente exigem documentos e o processo pode levar mais de dez minutos. Mas não se deixe intimidar: se seu destino é a Inglaterra, voando com qualquer companhia você terá de passar por eles. Se o voo da British é apenas uma conexão, você só passará por imigração no destino final.


2 – Air France

O esquema das poltronas do Boeing 777 que opera entre Guarulhos e Paris é 2-3-2. Então, espere mais aperto que na British. A inclinação, porém, é quase 180º. Você não fica totalmente reto, mas pelo menos não se posiciona de maneira inclinada, como na Tam e na Lufthansa, com os pés para baixo. Os comissários de bordo são muito prestativos e sempre se esforçam para atender os passageiros brasileiros em português. A culinária é destaque entre todas as companhias europeias e a carta de vinhos, fantástica. Além disso, chegar à Europa por Paris é uma experiência excelente. Nas mais de dez vezes em que já fiz imigração no Charle De Gaulle, voando de executiva ou econômica, nunca tive problemas. Raramente o agente faz perguntas; apenas sorri e lhe deseja uma boa estadia. E depois dizem que os franceses são mal humorados…


3 – Iberia

O atendimento é ruim; a comida, também. Os comissários de bordo geralmente são mal educados e nada prestativos – já passei por situação constrangedora em um voo interno, entre Viena e Madri. Os agentes de imigração, também. Então, por que a Iberia está no top 3? Porque, meu amigo, a companhia aérea tem uma das melhores poltronas de business class – e a poltrona é o fator número 1 desta avaliação. Não há a privacidade da British, mas ela se inclina a 180º e é mais larga. A boa noite de sono é garantida. Além disso, a sala VIP da Iberia no Aeroporto de Barajas é uma das melhores da Europa – principalmente porque a empresa não opera com primeira classe, algo que, em outras companhias, acaba gerando queda na qualidade da sala reservada à executiva, em prol do luxo destinado aos passageiros da Primeira.


4 – American Airlines

A companhia poderia estar mais bem posicionada, pois seu esquema de poltronas é quase idêntico ao da British. Porém, há muitas ressalvas. A configuração só está disponível no voo entre Guarulhos e Dallas. Nos demais (Miami e Nova York, partindo de diversas capitais do Brasil), a classe executiva é mais desconfortável. Além disso, o serviço de bordo não agrada – nem culinária, nem comissários. E nas salas VIPs dos Estados Unidos, quase tudo é cobrado à parte; o máximo que te oferecem gratuitamente é um refrigerante de refil, um vinho tinto ruim e um pacote de amendoim. Mas a noite de sono é fantástica! Quanto à burocracia de solo, não importa o aeroporto, nos EUA é tudo a mesma coisa. Questionamentos incessantes na imigração e inspeções rigorosas e demoradas no raio-X. Procedimentos que os americanos consideram indispensáveis – e que temos de aceitar, uma vez que estamos visitando o país deles.


5 – KLM

A holandesa oferece um dos melhores serviços de bordo e é a única a ter de duas a três opções de pratos principais nos voos internos na Europa. Os comissários são muito gentis e a imigração em Amsterdã é extremamente tranquila. O problema da KLM é a poltrona do 777 que faz a rota entre Guarulhos e a capital holandesa. Uma das posições que mais odeio: o encosto se reclina totalmente, mas os pés ficam para baixo. É terrível na hora de encontrar uma acomodação ideal para relaxar e ter uma boa noite de sono.


6 – Tam

O esquema de inclinação nas poltronas, tanto no 777 quanto no A330 que fazem as rotas internacionais da companhia é o semelhante ao da KLM, mas um pouco pior – o encosto fica levemente levantado. Em algumas aeronaves, há telas grandes, fixadas na cabine da frente. Em outras, são menores e retráteis, o que não agrada. Há alguns anos, o atendimento a bordo era um destaque, mas ultimamente os comissários estão mais displicentes, embora sejam gentis. A vantagem da Tam é que, como voa para diversos destinos, principalmente na Europa, fica mais fácil combinar voos de ida e volta a partir de locais diferentes sem ter de passar por conexão. De Guarulhos, há voos diretos para Londres, Paris, Madri, Frankfurt, Milão, Orlando, Miami, Nova York e Cidade do México, entre outros.

7 – Lufthansa


Aqui, cabe uma ressalva: recentemente, a Lufthansa passou a operar a rota Guarulhos – Frankfurt com um 747 que traz a nova e elogiada configuração de classe executiva. A rota para Munique, por ora, continua com a antiga configuração.  É esta que conheço – e aqui, estou falando do que conheço. As poltronas são iguais às da Tam. O serviço de bordo, tanto no atendimento quanto no cardápio, não se destaca diante das demais. Chegar à Europa pela Alemanha é imprevisível; os agentes de imigração podem te encher de questionamentos, ou até abordar passageiros – mesmo os da executiva – na saída do avião, o que gera filas. Mas, em algumas ocasiões, nem mesmo fazem perguntas. O critério de desempate com a Tam foi o maior número de rotas da brasileira e o fato de o idioma oficial ser português, o que é sempre melhor. A favor da Lufthansa, há a prioridade para os passageiros da business no raio-X e na imigração em Frankfurt. A Tam até tenta oferecer este serviço em Guarulhos, mas o terminal no qual opera, o 1, é sofrível e ultrapassado, o que muitas vezes acaba inviabilizando a cortesia.

8 – Tap

Como a Tam, faz rotas de e para Lisboa a partir de várias capitais brasileiras, tendo especial destaque na operação em cidades do Nordeste – como Salvador, Recife e Natal. E, também como a brasileira, tem como ponto fraco as poltronas. São praticamente idênticas, mas os aviões da Tap são mais velhos.


 

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