Primeira Classe

Pacotes de viagem para realizar sonhos sobre rodas

Empresas oferecem pacotes de viagem para assistir corridas, guiar carrões e visitar salões internacionais

Rafaela Borges

06 de set, 2017 · 4 minutos de leitura.

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Pacotes de viagem
Crédito: Fórmula Rossa, em Abu Dabi, é montanha russa que fica no parque temático da Ferrari (Foto: Jumana El-Heloueh/Reuters)

Muitos apaixonados por carros gostam de combinar esse entusiasmo com viagens. Afinal, fora do Brasil, são mais amplas as opções de roteiros que incluem dirigir supercarros, assistir corridas importantes do automobilismo e viver experiências emocionantes em pistas. Dá para criar alguns roteiros por conta, mas há, também, algumas empresas especializadas em pacotes de viagem para realizar sonhos sobre rodas.

Recentemente, eu descobri a AMK Turismo, que tem um segmento batizado de “Velocidade”. A ideia é combinar viagens à Europa, EUA e Ásia, entre outros locais, com experiências exclusivas.

 

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Para o GP de Monza, na semana passada, a empresa levou um grupo para conhecer também vinícolas na Itália. O pacote incluía ainda experiências gastronômicas.


No site da empresa, há diversos outros pacotes interessantes anunciados. Exemplo é o roteiro para acompanhar a 500 Milhas de Indianápolis, nos EUA, em maio do ano que vem.

São quatro noites de hospedagem, com três dias de atividade na pista. Além de acompanhar corrida e treinos, há visita ao museu do autódromo e aluguel de carro de categoria intermediária incluídos.

Na Fórmula 1, a AMK está oferecendo pacote para o Grande Prêmio de Abu Dabi, nos Emirados Árabes. Trata-se da última corrida da temporada.


O pacote de seis dias inclui visita ao Ferrari World, parque temático da Ferrari. Há também um dia destinado à visita ao parque aquático do circuito Yas Marina, onde ocorre a corrida.

Opcionalmente, pode-se estender a viagem para guiar carros em um autódromo de Dubai, também nos Emirados Árabes.

 


ALEMANHA: O PAÍS QUE É O CORAÇÃO DO AUTOMÓVEL

Como já contei em posts anteriores, já visitei diversas vezes a Alemanha, já que o país é sede de várias montadoras. Atividade para quem ama carros por lá não falta. Há desde a possibilidade de dirigir carros sem limite de velocidade em rodovias a uma imersão na história das fabricante Porsche, BMW, Mercedes-Benz, Audi e Volkswagen.

O pacote “Germany Tour”, da AMK, inclui visitas aos museus da Porsche e Mercedes-Benz (em Stuttgart) e da BMW (em Munique).


O programa inclui também um dia de experiência de direção em Nordschleife, o traçado original do circuito de Nurburgring.  São mais de 20 km de extensão.

 

VEJA TAMBÉM: DEZ ESTRADAS INCRÍVEIS PARA QUEM GOSTA DE DIRIGIR


 

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”