Pequeno, valente, veterano e amante de desafios. Essa poderia ser a descrição do ex-lutador de boxe norte-americano Floyd Mayweather Jr., mas estamos falando do Suzuki Jimny. O jipinho fabricado em Catalão (GO) é o 4×4 mais barato do País: sua tabela vai de R$ 68.890, para a versão 4All, a R$ 76.690 para a 4Sport, como a avaliada.
De série, a opção de topo traz direção hidráulica, ar-condicionado, trio elétrico, rádio com toca-CDs, entrada USB e Bluetooth, engate, bancos revestidos de couro e snorkel para o motor. Os frisos laterais e a faixa no painel da cor da carroceria também são exclusivos.
No dia a dia, as dimensões compactas (1,60 metro de largura) facilitam a vida na hora de encontrar uma vaga para estacionar nas cidades e de se embrenhar em locais estreitos no off-road. O lado ruim é que o Jimny é homologado para quatro pessoas – atrás há espaço apenas para dois ocupantes.
O motor é um 1.3 a gasolina de 85 cv e 11,2 mkgf e o câmbio é manual de cinco velocidades. O Jimny vai bem no uso urbano, mas como as relações de marcha são curtas, para privilegiar o uso no off-road, o motor gira muito alto em rodovias – a 120 km/h, marca 4 mil rpm –, e fica ruidoso. O ideal é manter os 100 km/h para deixar a rotação em 3 mil rpm.
As suspensões têm eixos rígidos na frente e atrás, o que garante robustez no fora de estrada. No asfalto, contudo, o carro pula muito e a carroceria alta oscila bastante e rola de forma demasiada em curvas.
A direção é pouco direta, mas parte dessa conta é resultado dos pneus de uso misto e não da calibragem do sistema. O bagageiro, de parcos 113 litros, leva apenas duas malas médias. Instalar um bagageiro no teto pode ser a solução em viagens.
Off-road de verdade. No modo “normal”, a tração do Jimny é atrás, mas dá para acionar o 4×4 por meio de uma tecla no console com o carro a até 100 km/h. A 4×4 com reduzida, por sua vez, deve ser ativada com o Suzuki parado.
Nesse caso, o Jimny mostra ótima capacidade para transpor rios, grandes erosões e subidas íngremes. Como o entre-eixos é curto (2,25 metros), em aclives muito íngremes é preciso cuidado para não ultrapassar os limites de inclinação, pois o risco de tombar é maior que em veículos compridos.