Primeira Classe

Conheça o iate da Porsche, que custará R$ 52 milhões

Iate da Porsche será apresentado na semana que vem, durante o salão de barcos de Mônaco

Rafaela Borges

21 de set, 2017 · 5 minutos de leitura.

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Iate da Porsche
Crédito: Barco de luxo é feito em parceria com a construtora de iates Dynamiq (Fotos: Dynamiq)

A Porsche está entrando na onda das montadoras que se associam a fabricantes de barcos para construir produtos náuticos luxuosos e exclusivos. A marca lançará em breve o GTT 115. O iate da Porsche foi criado pelo estúdio de design da marca alemã em parceria com Dynamiq, construtora de superiates sediada Mônaco.

Não é à toa, portanto, que a apresentação do produto ocorrerá no “boat show” (salão de barcos) de Mônaco. O evento começa no dia 27 de setembro.

Desvendando o nome, GTT é a sigla para Gran Turismo Transatlântico. Gran Turismo é um tipo de carro luxuoso com alto desempenho. Na linha Porsche, o Panamera cumpre essa missão.

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Já “115” é em referência ao tamanho do barco, de 115 pés. A medida, usada na indústria náutica para classificar os barcos, é equivalente a 35 metros.

A embarcação tem capacidade para acomodar doze pessoas. A configuração normal as divide em seis passageiros (em três quartos) e outros seis tripulantes (também em três dormitórios).

Nova tendência da Porsche, inaugurada com o 918 Spyder, o motor é híbrido. O a combustão é um V12 com 1.650 cv. Ele é combinado a um elétrico. Com esse conjunto, o GT 115 atinge 21 nós, ou 39 km/h, de velocidade máxima.


Mais que a agilidade, o que impressiona é a autonomia. A cada reabastecimento, o GT 115 é capaz de percorrer 3.400 milhas náuticas. Esse número é equivalente a 6.300 quilômetros.

Para comparação, a distância entre o Rio de Janeiro e Cidade do Cabo, na África do Sul, é de 6.080 km. De Nova York a Londres, são 6.200 km.

Ou seja: é um iate para desfrutar viagens transatlânticas inesquecíveis.


 

DETALHES: O PAPEL DA PORSCHE NO DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

O interior do GT 115 usa texturas e materiais típicos dos carros da Porsche. Evidentemente, ele pode ser configurado pelo “freguês”, mas sempre obedecendo aos padrões estipulados pela fabricante de carros alemã.


Já o design internos, segundo a Porsche e a Dynamiq, traz vários elementos de carros da montadora alemã. Entre eles estão o 911 e os modelos Targa. Trata-se de um tipo de conversível em que o teto é removível, mas as colunas são fixas.

Há ainda elementos visuais do Mission E, o primeiro carro 100% elétrico da Porsche. Seu protótipo foi revelado no Salão de Frankfurt (Alemanha) de 2015. A versão final, prevista para 2019, deverá entregar mais de 500 km de autonomia.

O barco traz ainda uma enorme sala de convivência e um deck com direito à piscina.


Ah, faltou o preço, né? São 13,95 milhões de euros, que equivalem a R$ 52,3 milhões. Além disso, o iate é super limitado: apenas sete unidades.

Porém, a marca se propõe a produzir alguns exemplares a mais. Porém, sem o motor elétrico. Nesse caso, haverá apenas o a combustão.

 


GALERIA: OS DETALHES DO GTT 115

 

O preço cai para 11,9 milhões de euros, ou R$ 44,6 milhões. A espera, porém, é longa. A construção leva 15 meses.
Os modelos híbridos estão em fase final de produção em uma fábrica na Itália.


Além da Porsche, outras montadoras já se aventuraram no mundo náutico. Exemplos são a Bugatti e a Mercedes, que fez parceria para criar lanchas de off-shore.

 

VEJA TAMBÉM: OS CARROS DE LUXO MAIS VENDIDOS EM SETEMBRO


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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”