VW TIGUAN
Navegador GPS desatualizado
Tenho um Tiguan 2012 e, em todas as revisões, venho pedindo a atualização do navegador GPS, sem sucesso. Na última inspeção, feita ontem, insisti na solicitação e disseram que eu teria de comprar um chip que custa R$1.700, mais caro que o mais sofisticado existente no mercado. E a Volkswagen não dá alternativa ao consumidor. Isso é um absurdo, é uma forma de venda casada.
Carlos S. Amorim Jr., CAPITAL
VW responde: estamos à disposição para a realização do serviço necessário, mediante aprovação prévia de orçamento.
O leitor diz que a VW manteve a imposição da cobrança, sem levar em conta as queixas da falta de atualização em todas as revisões. Ele não pretende pagar pelo serviço.
Advogado: a montadora tem o dever de informar, antes de vender o veículo, que o ônus da atualização do equipamento é do consumidor. Caso contrário, não poderá, posteriormente, se recusar a fazer o serviço ou cobrar por isso.
DODGE JOURNEY
Deformações nos pneus
Meu Journey comprado novo tem 16.300 km e todas as revisões em dia. Na semana passada, ao fazer o balanceamento das rodas e alinhamento de direção, fui informada de que os pneus originais do veículo, da marca Yokohama, estão deformados e com escamação na banda de rodagem, o que impede o rodízio e compromete a segurança. Concessionária e montadora dizem que a responsabilidade é da fabricante dos pneus e a garantia do veículo não cobre essas peças. Já a Yokohama reconheceu os problemas em um laudo, mas culpou a autorizada, que deixou de fazer os rodízios dos pneus durante as revisões. Com esse jogo de empurra entre as três, ainda não tive nenhuma solução para o problema, em que pese tanto o carro como os pneus ainda estarem dentro da garantia de fábrica.
Rosana Medrado, CAPITAL
FCA responde: a concessionária analisou o carro e não identificou vícios de produto, mas apenas danos decorrentes do desgaste natural e descumprimento do plano de manutenção. A leitora só fez três das cinco revisões programadas. Considerando o desgaste natural e a falta de revisões, que afeta a durabilidade dos pneus, não podemos atender à leitora em garantia.
A leitora diz que o veículo não foi reavaliado pela concessionária, que se limitou a negar a troca das peças em garantia. E afirma que, na quilometragem do veículo, estavam previstas três e não cinco revisões, todas feitas corretamente. Ela reitera que a realização do rodízio nas revisões cabia à autorizada e afirma que recorrerá à Justiça.
Advogado: se as revisões previstas no período são três e não cinco, como alega a leitora, e todas foram feitas, a falha é da empresa, que admite que o problema poderia ter sido evitado durante essas inspeções. Assim, a questão é de prova, sobre se as revisões foram mesmo feitas e se o problema decorreu ou não da falta de manutenção.
HYUNDAI TUCSON
Surpreendido pela falta de estepe
Comprei um Tucson zero-km e, ao retirá-lo, assinei um documento em que afirmava que estava tudo certo com o carro. Quando fiz a primeira viagem com ele, descobri que não havia estepe. A concessionária se esquivou, alegando que eu havia assinado a declaração e dando a entender que eu estava aplicando um golpe. Resolvi arcar com a compra de um novo estepe e descobri que a peça não está disponível no País e não há previsão para que seja trazida da Coreia do Sul. Tenho um carro novo que não pode rodar pela falta de um item obrigatório.
Mauricio J. B. Alvarenga, CAPITAL
Hyundai responde: o caso foi solucionado.
O leitor diz que a Caoa lhe forneceu um novo estepe sem ônus.
Advogado: o correto é que o documento de entrega descreva em detalhes os itens que acompanham o veículo, incluindo o estepe, e o consumidor não o assine sem ter feito a verificação. Depois que o leitor concordou em adquirir o item, este deve estar disponível no mercado, pois é obrigação da empresa manter peças à disposição. Caso contrário, a montadora torna-se responsável pelos prejuízos que a falta do estepe no veículo causar ao consumidor.