Com sete meses de uso, minha Saveiro já apresenta pontos de ferrugem no batente da porta. Levei o carro à autorizada Comeri da Praia Grande para a primeira revisão, dos 10 mil km, e apontei o problema. Ficaram dois dias com o carro e só então pediram para eu levá-lo à Comeri de Santos, para que a questão da oxidação fosse examinada. Se tivessem dito isso antes, eu teria feito a revisão em Santos e economizado tempo. Na filial santista, disseram que eu teria de deixar a picape lá, sem uma previsão de conclusão do reparo, e me ofereceram apenas três dias de carro reserva. Revoltado, não concordei e fui embora.
Ricardo de Oliveira Mendonça, ITANHAÉM (SP)
VW responde: estamos à disposição para analisar o veículo em nossa rede autorizada.
O leitor conta que usa a Saveiro para transportar peixes e frutos do mar. Quando a autorizada finalmente concordou em lhe ceder um carro reserva por mais de três dias, o veículo oferecido não era adequado para esse serviço. Assim, ele resolveu esperar a segunda revisão para tentar resolver o problema.
Advogado: não é normal que um veículo apresente pontos de ferrugem com tão pouco tempo de uso. A montadora tem a obrigação de fazer o reparo necessário em até 30 dias, ou poderá ser obrigada a trocar o carro. Se preferir, o leitor pode realizar o serviço por conta própria e cobrar o reembolso da montadora.
Outras reclamações publicadas na coluna Defenda-se nesta semana
FORD FUSION
Sem controle de cruzeiro
Tenho um Ford Fusion. Já faz três meses que estou aguardando a chegada de um módulo do controlador de velocidade de cruzeiro adaptativo. Além de ajustar a velocidade do veículo, esse componente também aciona os freios em caso de risco de colisão iminente. A Ford diz que não tem a peça no estoque da fábrica. Enquanto isso, toda vez que eu ligo o carro, o painel emite um alerta de que o recurso está indisponível. Comprei o Fusion justamente por causa desse sistema de segurança, tendo em vista que tenho uma filha recém-nascida. Porém, apesar de ter pago por tal tecnologia, não posso usufruir dela.
Edner Goulart, SÃO JOSÉ DO RIO PRETO (SP)
Ford responde: caso resolvido.
O leitor diz que ficou decepcionado com a demora da Ford em resolver o problema, já que ele teve de fazer diversas reclamações e aguardar quase quatro meses até a chegada da peça.
Advogado: ao não receber o reparo dentro do prazo de 30 dias, o consumidor ganha o direito de pleitear a troca do carro ou o cancelamento da compra. A falta de peças não autoriza a montadora a descumprir esse prazo, já que a lei lhe obriga a manter o mercado abastecido com componentes de reposição.
JEEP COMPASS
Amortecedores em falta
Meu Compass teve a suspensão dianteira danificada em um acidente e foi guinchado para a autorizada. A seguradora aceitou o orçamento apresentado e autorizou o reparo. Um mês depois, porém, ainda não recebi o carro. Todas as vezes em que procurei a concessionária, o responsável pelo atendimento limitou-se a dizer que a montadora não tem em seu estoque as peças necessárias para o reparo. Já fiz duas queixas à central de atendimento da Jeep, mas o atendente dizia que o caso estava sendo acompanhado por outra pessoa e que me retornaria, algo que não ocorreu. Em meio a esse jogo de empurra, o veículo está parado ao relento no pátio da concessionária, que não toma nenhuma providência para resolver o caso.
Tadeu Zoé Rodrigues, PATOS DE MINAS (MG)
FCA responde: as peças necessárias para o reparo foram faturadas e entregues à concessionária, que fará o serviço com a maior agilidade possível.
O leitor diz que ainda não recebeu o carro. Ele conta ter ouvido que os amortecedores do modelo estão em falta em todo o País.
Advogado: enquanto aguarda a chegada das peças, o consumidor tem direito a receber um carro reserva ou ter seus gastos com locomoção ressarcidos pela montadora – que, por lei, não pode deixar faltarem componentes no mercado. Outros prejuízos decorrentes da privação do uso do veículo também devem ser reembolsados pela empresa.