A central multimídia do meu Lancer GT 2013/2014 começou a apresentar falhas na tela sensível ao toque, prejudicando o acesso aos recursos do aparelho. Levei o carro à autorizada, ainda durante o período de garantia, e o aparelho foi substituído, ou pelo menos foi isso que me disseram. Agora a cobertura de fábrica expirou e o problema reapareceu. Desta vez, porém, a concessionária disse que nada poderia ser feito além de um orçamento, para que eu pagasse pelo conserto. Será que é comum o mesmo defeito acontecer a cada ano? Como uma marca como a Mitsubishi pode usar peças de tão baixa qualidade em seus carros? Tenho também uma picape L200 e agora começo a ficar receoso quanto à qualidade de outros componentes dos meus carros.
Carlos Ernesto Bensoni, CAPITAL
Mitsubishi responde: a Mitsubishi entrou em contato com o cliente e prestou os devidos esclarecimentos sobre o caso.
O leitor diz que a central multimídia foi substituída, sem ônus para ele.
Advogado: quando o problema surge ainda durante o período de garantia e, mesmo após a intervenção da concessionária, volta a se manifestar, o consumidor pode pleitear o reparo sem ônus. Assim, a montadora agiu corretamente na solução do caso.
Veja as outras queixas publicadas na coluna Defenda-se desta semana
JEEP COMPASS
Longa espera pelo conserto
Comprei um Compass para minha esposa em setembro passado. No início de dezembro, as luzes espia do sistema start-stop e da ignição acenderam. Com dificuldade, consegui agendar o reparo na concessionária Sinal, que diagnosticou a necessidade de substituição do chicote elétrico. O veículo deu entrada no dia 13 de dezembro e, um mês e cinco dias depois, ainda não havia sido devolvido e não tinha sequer previsão de entrega. Quando ligo para a central de atendimento ao cliente, tudo o que dizem é que há vários protocolos abertos para o caso e que devo aguardar. Salta aos olhos a falta de respeito ao consumidor. Peço que o Jornal do Carro interceda, para que meu carro seja reparado e entregue e o descaso da fabricante seja divulgado.
Jose Eduardo da Cruz, CAPITAL
Jeep responde: o veículo do consumidor foi devidamente reparado, tendo sido entregue em perfeitas condições de uso e funcionamento.
O leitor confirma a informação e diz que foi atendido no dia seguinte ao envio da queixa.
Advogado: pela lei, o prazo máximo para que a montadora conclua o reparo e devolva o veículo é de 30 dias. Após o fim do prazo, o consumidor pode exigir a troca do carro. Vale lembrar que o uso desse prazo pressupõe estreita relação com a complexidade do serviço. O prazo máximo só deve ser usado em casos mais complexos. Reparos simples devem ser feitos de forma rápida, em tempo proporcional à extensão do conserto.
JAC T8
Cheiro forte de gasolina
Desde os primeiros quilômetros percorridos, minha van T8 apresentou defeitos. A central multimídia não funciona e, em dias quentes, o cheiro de gasolina é muito forte. Fiz todas as revisões corretamente e sempre apontei os problemas. Hoje o carro tem 59 mil km rodados, está no fim da garantia e os problemas ainda não foram resolvidos. O pior é o prejuízo por ser privado de meu veículo de trabalho a cada nova ida à concessionária. Como a JAC não dá carro reserva, sou obrigado a alugar um veículo.
Pedro Oliveira Salarini, CAPITAL
JAC responde: o carro foi conduzido à concessionária JAC, onde foi realizada a substituição do sistema multimídia e a revisão do sistema de alimentação de combustível, buscando a identificação da causa do cheiro de gasolina. O cliente saiu da autorizada satisfeito.
O leitor confirma a informação.
Advogado: quando o defeito persistir sem solução, especialmente após intervenções feitas pela autorizada, o consumidor pode realizar o reparo por conta própria em oficina especializada e depois exigir o ressarcimento. Uma alternativa mais drástica é pleitear a troca do carro, já que o cliente não tem de conviver indefinidamente com os defeitos que é obrigação da empresa solucionar.
Quer participar? Envie um resumo do seu problema para o e-mail jcarro@estadao.com, informando RG e CPF, endereço completo com município, telefones de contato e, se possível, número do chassi e placa do veículo