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Nova Suzuki GSX-R1000 chega às lojas do Brasil
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Nova Suzuki GSX-R1000 chega às lojas do Brasil

Esportiva "Srad" Suzuki GSX-R1000 chega às lojas nas versões A e R; preços partem de R$ 68 mil

José Antonio Leme

10 de mai, 2018 · 6 minutos de leitura.

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suzuki
SUZUKI GSX-R1000 R NO SALÃO DUAS RODAS. FOTO AMANDA PEROBELLI/ESTADÃO
Crédito:

A Suzuki iniciou as vendas da nova geração da GSX-R1000. A superesportiva foi a atração da marca durante o Salão Duas Rodas, em novembro do ano passado. A “srad” chega às lojas em duas versões: a de entrada, GSX-R 1000, por R$ 68 mil, e a GSX-R1000 R, a R$ 78.400.

O modelo pode ser novo por aqui, mas não é novidade lá fora. Ela foi apresentada na Europa em 2016, durante o Salão de Milão, na Itália. O novo quadro e o subchassi são, juntos, cerca de 2,3 kg mais leve que o da geração anterior.

A esportiva tem motor quatro cilindros de 999,8 cm³ que rende 202 cv e 12 mkgf. Esses números chegam a 13.200 rpm e 10.800 rpm, respectivamente. A transmissão é de seis marchas. Além de entrar para a casa dos 200 cv, a grande novidade é o sistema de comando de válvulas variável.

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Os dispositivos de comando variável adotam sistemas hidráulicos – por meio de soluções mecânicas, a pressão de óleo interfere no movimento dos ressaltos – ou eletroidráulica, no qual uma válvula acionada eletronicamente controla a pressão do lubrificante. No caso da Suzuki, o dispositivo foi criado para atender as regras da MotoGP, em que essas duas soluções são proibidas. O segredo é a utilização de forças mecânica e centrífuga.

Há 12 esferas na engrenagem do eixo de comando dentro de ranhuras, que são mais profundas na base e rasas no topo. Duas molas de pressão mantêm as esferas na base até a rotação do motor subir. A força centrífuga move as esferas para as pontas, vencendo a resistência das molas.

Quando isso ocorre, o centro de massa no comando é alterado, mudando o peso e atrasando os ressaltos. Assim, as válvulas de admissão ficam abertas por mais tempo. O resultado, segundo a Suzuki, é um aumento de potência de 5% (10 cv) em giros elevados, para 202 cv. Portanto, é possível supor que, sem o recurso, o motor de quatro cilindros e 999 cm³ da esportiva produza 192 cv.


Na prática, o sistema variável garante desempenho “forte” em altas rotações, sem comprometer a entrega e a retomada em giros baixos e médios. Esse equilíbrio é difícil de ser obtido em motos esportivas, mesmo com a adoção de tecnologias como injeção de combustível e acelerador eletrônicos, que mitigam a falta de fôlego em baixas e médias rotações.

Eletrônica

De série para a GSX-R1000 e a GSX-R1000 R, há controle de tração com dez níveis de ajuste, unidade de medição inercial (IMU) de seis eixos e três modos de condução, que alteram o modo de entrega o mapa de entrega dos 200 cv.

Na parte eletrônica, a versão R traz como exclusividades o controle de largada, o quick-shift para subir e descer marchas (sem a necessidade de acionar o manete) e o freio com ABS de curva (cornering ABS), que permite frear dentro da curva sem perder a trajetória. Para as duas versões, os discos e as pinças monobloco são Brembo


A GSX-R1000 tem suspensões Showa na frente e atrás com ajustes de compressão e pré-carga. A versão R traz componentes mais avançados, da linha BFF na dianteira e BFRC Lite na traseira. Além dos ajustes da versão de entrada, permitem a calibrar o retorno.

Faróis e seta são de LEDs nas duas versões. Outro item que diferencia a R são os LEDs diurnos que ficam posicionados sobre as entradas de ar na frente. O painel é todo digital e bastante completo e traz também shift-light. É uma luz que avisa para o melhor momento para a troca de marcha.

A versão de entrada estará disponível nas cores azul, que na verdade é uma réplica da pintura da Suzuki da MotoGP, preta e vermelha. A versão R na azul réplica e preta. O modelo já vem com a cobertura do banco do garupa para transformar a esportiva em monoposto.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.