Os preços dos carros no Brasil são uma queixa frequente do consumidor. Reclamações à parte, alguns modelos realmente não valem o que custam.
Para chegar a esses veículos, consideramos uma série de fatores, que vão muito além dos preços dos carros. Aqui, a questão principal é se o modelo está ou não adequado ao mercado.
Alguns modelos considerados caros estão, na verdade, totalmente dentro da realidade de seus segmentos. Um exemplo recente é o Ka Freestyle, por cerca de R$ 63 mil.
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Por um lado, esse valor pode ser considerado alto para uma versão do Ka. No entanto, ele não está fora do pedido para os principais concorrentes, HB20X e Onix Active.
O Chevrolet sai por cerca de R$ 64 mil e o Hyundai, por pouco mais de R$ 63 mil.
Honda HR-V Touring
Aqui, vale a pena levar a versão EXL, a R$ 103.900. Por R$ 108.900, ou R$ 5 mil a mais, a Touring acrescenta apenas faróis com DRL, lanternas de LEDs e sensores de chuvas, crepuscular e de estacionamento traseiro.
Fiat Doblò
Os preços dos carros atingem seu auge no modelo da Fiat. Pelos R$ 84.390 do simplório Doblò, dá para levar sedãs médios e SUVs mais bem equipados e tecnológicos. A versão Adventure chega a R$ 95.490. Com esse valor, já dá até para pensar em uma picape média ou, quem sabe, em um SUV médio. O Hyundai ix35, por exemplo, tem versões a partir de R$ 100 mil.
Volkswagen Up!
Do trio Mobi-Kwid-Up!, o Volkswagen é o mais moderno, tecnológico e eficiente. Porém, custa R$ 50.270 iniciais, o que é muito para um modelo com dimensões tão pequenas. A Volkswagen optou por jogar suas cartas no segmento de entrada no Gol, e reposicionar o Up! (algo que a Fiat também fez com o Uno, o que você poderá ver mais à frente). Com isso, tirou de linha a versão de entrada, Take Up!. Agora, a mais em conta é a Move Up!, que vem com ar-condicionado, sensor de estacionamento traseiro e direção, retrovisor, travas e vidros elétricos. Ainda assim, o valor é bem superior ao do Kwid topo de linha (R$ 41.490). Não dá nem mais para dizer, com o novo posicionamento, que os carros são concorrentes.
Toyota Corolla Altis
A versão de topo custa R$ 118.850, ante os R$ 105.690 da opção abaixo, XE. O motor é o mesmo, assim como o número de air bags, a central multimídia e o banco de couros. O que diferencia o Altis dificilmente vale os mais de R$ 13 mil que ele custa a mais: faróis de LEDs, bancos com ajuste elétrico, ar-condicionado "dual zone" e limpador de para-brisas com sensor de chuva. Na categoria preços de carros, o Corolla Altis é caro. O XEi vale muito mais a pena.
Chevrolet Prisma LTZ AT
A versão de topo do Prisma sai por R$ 69.690. Isso sem air bags além dos obrigatórios, nem ESP. Para comparação, o Onix com motor 1.3, equivalente ao 1.4 do Prisma, e câmbio automatizado, sai a R$ 60.990, ou quase R$ 9 mil a menos. Pelo mesmo valor, dá para levar o Cronos 1.8 automático, de 138 cv.
Fiat Uno
Com a chegada do Mobi, a Fiat reposionou os preços do Uno, que ficaram muito altos. Sem trazer nada de muito especial, o carro parte de R$ 43.990, ante os R$ 32.490 do Kwid, seu rival.
Preços dos carros
A lista traz modelos de vários segmentos. Há, por exemplo, versões que custam muito mais que as imediatamente inferiores, sem contudo trazerem itens que justifiquem o sobrepreço.
Nesse grupo, se enquadram o Corolla Altis e o HR-V Touring.
Há ainda variantes e modelos com valores semelhantes aos de concorrentes mais modernos e tecnológicos. São preços de carros muito altos para a oferta.
Aqui, um bom exemplo é a versão de topo do Prisma, com câmbio automático.
Outros exemplos são modelos que nem têm rivais, mas cujos preços não se justificam. Confira na galeria acima.
