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BMW 328i MSport tem ‘complexo de M3’
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BMW 328i MSport tem ‘complexo de M3’

Versão intermediária tem visual esportivo como o M3, bom pacote de equipamentos e 2.0 turbo de 245 cv; 328i MSport custa R$ 259.950

José Antonio Leme

22 de ago, 2018 · 4 minutos de leitura.

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328i
Versão tem lista farta de itens de série e visual mais esportivo
Crédito:Foto: Valéria Gonçalves/Estadão
328i

O sonho de consumo de todo aficionado pelo BMW Série 3 é o M3. Mas se os R$ 496.950 cobrados pela versão esportiva do sedã alemão estiverem acima do orçamento, o 328i MSport, com tabela de “meros” R$ 259.950, pode ser uma boa opção.

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Essa opção traz detalhes que remetem ao M3. As rodas têm 19 polegadas, há saias laterais e para-choques que fazem com que o carro pareça mais baixo. Nos para-lamas dianteiros e volante há o logo da divisão M.

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O motor 2.0 turbo de 245 cv é o mais potente do Série 3 depois do seis-cilindros do M3. As trocas do câmbio automático de oito marchas também podem ser feitas de forma manual por meio de alavanca ou aletas no volante. O conjunto garante ótimas respostas em retomadas e ultrapassagens.

Ágil e muito direta, a direção com assistência elétrica tem boa calibração e peso ideal em qualquer velocidade. Com suspensão firme, o sedã sofre em piso ruim – nesse caso as batidas secas são comuns.
Há quatro modos de condução, que mudam as respostas de direção, câmbio e acelerador. As opções são: econômico, normal, esportivo e esportivo+, que deixa o controle de tração mais permissivo.

Recheado

De série, o 328i MSport traz seis air bags, controles de tração e estabilidade, pneus run flat (podem rodar murchos), teto solar, faróis Full-LEDs, sensor de obstáculos e câmera na traseira e painel virtual, mas com formato redondo convencional e poucas funções. Na linha 2019 (a unidade avaliada é 2018), o sedã ganhou sensor de obstáculos na dianteira e som da marca Harman Kardon.


O espaço interno é bom para quatro adultos. Isso porque o túnel central alto reduz a área para as pernas, o que compromete o conforto para um eventual quinto adulto a bordo.

O acabamento é de qualidade, mas há excesso de plásticos no console. Ainda mais para um carro dessa faixa de preço.

A ergonomia agrada. Os comandos são fáceis de acessar no console central e por meio do volante multifuncional.


Como vários ajustes são feitos a partir da central multimídia, o visual do painel fica mais limpo e agradável.

Prós

Dirigibilidade
Com detalhes esportivos, que remetem ao visual do M3, versão se destaca pelas boas respostas ao volante.


Contras

Painel
Embora seja virtual, quadro de instrumentos tem formato redondo clássico e número de funções bastante reduzido.

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”