Alguns já fizeram muito sucesso. Outros nem chegaram a decolar. Na lista dos carros decadentes do mercado brasileiro, tem de tudo.
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Tem hatch veterano e hatch mais novo. Tem SUV compacto e utilitário de luxo. Tem sedã que já deveria ter ido embora, mas insiste em ficar.
Em comum? Vendas muito baixas. Ou, ao menos, baixas para o segmento em que atuam. Ou, também, quase insignificantes, perto do que já venderam no passado.
Um dos reis da lista de carros decadentes é o Fiesta Sedan. A Ford até chegou a tirar o carro de linha, mas voltou atrás. Oficialmente, ele ainda está sendo vendido no País.
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No mês passado, o Fiesta Sedan teve apenas 63 unidades vendidas.
Só não dá para dizer que ele é o mais decadente de todos porque, na verdade, esse Fiesta Sedan nunca foi um absoluto sucesso. Ao menos, não nesta geração.
A Ford optou por trazê-la do México – enquanto o hatch é feito no Brasil. E não investiu muito no sucesso desse três-volumes. Porém, ele já vendeu muito mais que agora.
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Ex-sucessos que são carros decadentes
Se o sedã da geração atual nunca foi um sucesso absoluto de vendas, o hatch já foi o Ford mais emplacado do País. Agora, ele entrou na lista dos carros decadentes.
No mês passado, o hatch Fiesta teve 1.182 emplacamentos. Pode parecer muito, mas não é. Afinal, seus rivais, Polo e Argo, estão na lista dos dez mais vendidos.
O Yaris, lançado recentemente, ficou entre os 20 mais emplacados em agosto. Já o Fiesta não apareceu nem no “top 50” de emplacamentos.
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O Fiesta mudou recentemente, mas já perdeu totalmente seu apelo. Rivais mais modernos chegaram, e o Ka ganhou espaço, tirando vendas do hatch premium.
Além disso, o Fiesta renovado não perdeu o câmbio Powershift. Essa transmissão ganhou má fama no mercado brasileiro.
O Siena já foi o sedã mais vendido do Brasil. Agora, está na lanterna do segmento de três-volumes compactos de entrada (já que Fiesta e City são premium). Entrou, de vez, na lista dos carros decadentes.
No mês passado, o Fiat somou 1.603 unidades vendidas. O fim de linha está próximo? Talvez não. Afinal, o Cronos, novo sedã da marca, não tem versão 1.0, que o veterano tem. Não dá para esperar, porém, grandes novidades no que ainda resta de história para o Siena.
Por fim, o Uno está em plena decadência este ano. Ele foi reposicionado após a chegada do Mobi, e ficou mais caro. Com isso, um dos carros mais bem sucedidos da história da Fiat passou a vender menos de mil unidades ao mês.
Porém, a marca levou de volta à linha o antigo motor 1.0 de quatro cilindros, e reduziu o preço do Uno. Como resultado, ele teve mais de 2.500 emplacamentos em agosto, um ótimo resultado.
Talvez ainda exista esperança para o Uno e ele consiga sair da lista de carros decadentes.
Outros carros decadentes
Ainda entre os hatches, o March vai mal. Enquanto o Onix já chegou a vender mais de 20 mil unidades/mês, e Ka e o HB20 ficaram em torno de 10 mil, o Nissan tem volumes semelhantes aos do dois-volumes premium decadente Fiesta.
Em agosto, somou 1.244 emplacamentos. 208 e C3 também não estão em seus melhores momentos. Nunca fizeram sucesso como o rival Fiesta, é certo. Porém, somaram 641 e 507 emplacamentos no mês passado, respectivamente.
Entre os SUVs, um dos carros decadentes é o WR-V. No ano passado, quando foi lançado, ele teve um bom começo. Porém, vem perdendo espaço desde o início de 2018.
No ano, já foi ultrapassado por Tracker, Duster e Captur. Agora, está à frente só de 2008 e Tiggo no segmento de SUVs compactos.
Entre os médios, o Outlander já chegou a vender mais que o ASX. Neste ano, porém, perdeu bastante espaço, e dificilmente chega às 200 unidades/mês. Em agosto, até que teve um bom mês, com 219 emplacamentos.
O Evoque, que teve ótimos anos no País, deixou de aparecer na lista dos dez carros de luxo mais vendidos após a chegada do Volvo XC40 e do Jaguar E-Pace.
Segmentos decadentes
Hatches médios, sedãs médios, minivans, peruas. A proliferação dos SUVs compactos fez desapareceram, um a um, esses segmentos.
Minivans e peruas praticamente não existem lá. Há a Spin, que até vende bem, diante de uma concorrência que não existe.
Peruas? Weekend, SpaceFox e Golf Variant têm volumes insignificantes. E quanto aos hatches? Ainda há o Cruze Sport6, o Focus e o Golf. Os volumes são tão baixos (de 200 a 300 unidades) que dificilmente eles terão sucessores.
De sedãs, ainda conseguem sobressair o Corolla, o Civic e o Cruze. O Jetta mudou de geração agora, para tentar a sorte. Os outros modelos respiram por aparelhos.
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