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A vida entre tintas, peças e papéis
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A vida entre tintas, peças e papéis

Alecsandra dos Santos Coimbra, de 32 anos, é pintora de automóveis na oficina Kalu Imports, zona norte de São Paulo. Apaixonada pela área de química, ela concluiu um curso de colorimetria para poder exercer a função.

13 de nov, 2011 · 3 minutos de leitura.

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 A vida entre tintas, peças e papéis

BELISA FRANGIONE

Cozinhar e pintar automóveis faz parte da rotina profissional do casal Alecsandra dos Santos Coimbra, de 32 anos, e seu marido. A situação pode parecer corriqueira, mas há um fato que a torna incomum: ele é o chefe de cozinha e ela, a pintora de carros.

Alecsandra, que sempre foi apaixonada pela área de química, trabalha na Kalu Imports, oficina na zona norte da capital. Ela começou no ramo como empapeladora, profissional responsável por cobrir de papel as partes do veículo que não serão repintadas. Mas não ficou muito tempo na função, pois um colega de trabalho logo percebeu que ela aprendia com facilidade e poderia dar conta de tarefas mais complicadas.

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“Passei para a divisão de aplicação de primer (tinta de fundo). Em seguida comecei na parte de peças plásticas. Além disso fiz cursos de lixamento e de pintura. Aprendi de tudo um pouco”, afirma Alecsandra.

No começo deste ano ela concluiu um treinamento de colorimetria na própria oficina e passou a trabalhar como pintora. “Aqui tive a oportunidade que sempre quis, que é ter contato com a química de alguma maneira.”

A empresa utiliza tintas à base de água e de solvente. O abrasivo, aliás, fez com que Alecsandra fosse obrigada a tirar licença do trabalho por causa da gestação. Davi, seu segundo filho, nasce em dezembro.


A pintora conta que as pessoas acham que essa é uma profissão estranha para uma mulher. O espanto é maior quando descobrem a ocupação do marido. “Os papéis, nesse caso, se inverteram.”

Trabalhar em um ambiente predominantemente masculino chama a atenção. Mas ela diz que aprendeu a lidar com cantadas e até orienta futuras colegas. “Além de aprender bem o serviço, é importante saber como impor respeito.”


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