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Aceleramos o Toyota GR Corolla com 304 cv e câmbio manual; veja o preço
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Aceleramos o Toyota GR Corolla com 304 cv e câmbio manual; veja o preço

Disponível nas versões Core e Circuit, Toyota GR Corolla tem motor 1.6 turbo de três cilindros e 304 cv, câmbio manual e preparação de pista

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

20 de jul, 2023 · 7 minutos de leitura.

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Toyota
GR Corolla tem tração nas quatro rodas, mas é possível distribuir em três diferentes configurações
Crédito:Vagner Aquino/Jornal do Carro

Participante de competições como Stock Car, WRC e Dakar, entre outras, a Gazoo Racing – preparadora da Toyota – é sinônimo de esportividade. Pois, pela primeira vez, a marca está no Brasil com o GR Corolla, a inédita versão hatch do modelo com preparação de pista. A princípio, serão apenas 99 unidades disponíveis no País – quase todas já vendidas, diz a montadora. Há duas versões, Core e Circuit, que custam, respectivamente, R$ 416.990 e R$ 461.990.



Feito na planta da GR em Motomachi, no Japão, o Toyota GR Corolla chega ao mercado pouco mais de um mês após seu principal rival, o Honda Civic Type R. Para isso, aposta na combinação de motor a combustão e câmbio manual. O hatch tem o mesmo motor 1.6 turbo intercooler com três cilindros em linha do GR Yaris, à venda lá fora. Assim, gera 304 cv de potência a 6.500 rpm.

O esportivo também conta com a tração integral GR-Four. Dessa forma, permite ajustar a tração entre os dois eixos, com configurações selecionáveis de distribuição de torque ao conjunto nas proporções 60/40, 50/50 e 30/70. Além disso, a Toyota mexeu na geometria da suspensão. Assim, o hatch tem bitola 60 mm mais larga na frente e 90 mm mais larga atrás.

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Toyota
Modelo ostenta diversos componentes que contribuem com a aerodinâmica (Vagner Aquino/Jornal do Carro)

GR Corolla tem câmbio manual

A cereja do bolo, entretanto, é o câmbio manual de 6 marchas, que rege a tocada mais esportiva. O Jornal do Carro conferiu na prática a estabilidade e precisão do modelo em um breve contato na pista do Autódromo de Interlagos. O test drive de lançamento faz parte do Festival Interlagos 2023, que abre ao público neste fim de semana, nos dias 21, 22 e 23 de julho.

Pois o circuito da capital paulista, que recebe a Fórmula 1, possibilitou sentir a voracidade do GR Corolla. Desde os pedais até o conjunto de suspensões e a direção, o acerto no hatch impressiona. Fôlego, tem de sobra. O torque de 37,7 mkgf é entregue entre 3.000 rpm e 5.500 rpm. A carroceria pouco inclina em curvas e o esportivo tem comportamento de carro de corrida. De acordo com a Toyota, a aceleração de zero a 100 km/h leva 5,5 segundos.


Incrementos

O GR Corolla tem bastante diferença na comparação com o Toyota Corolla convencional. Para começar, tem carroceria reforçada e nada menos que 349 pontos de solda extras. Conforme os engenheiros da Gazoo Racing, esse reforço proporciona respostas mais diretas, que garantem mais rigidez ao hatch em movimento, o que aumenta a precisão em manobras na pista. O modelo tem rodas BBS forjadas de 18″ que calçam pneus Michelin Pilot Sport 235/40.

Toyota
GR Toyota Corolla (Vagner Aquino/Jornal do Carro)

Para melhorar ainda mais a performance, tem teto de fibra de carbono na versão avaliada Circuit (para ficar mais leve), sistema de freios com pinças monobloco de alumínio de 14″ na dianteira e de 11,7″ na traseira. Os discos são ventilados e têm ranhuras para dissipar melhor o calor e evitar o superaquecimento do componente.


Visual invocado

Por fora, o GR Corolla impressiona. Destaque para os para-choques aerodinâmicos, as entradas de ar no capô, a grade colmeia e os difusores de ar. Como dizem os executivos da Toyota, não há nada meramente estético. Tudo é funcional. Na cabine, tem bancos dianteiros tipo concha, quadro de instrumentos digital, bem como volante com costuras vermelhas e pedaleiras esportivas. O multimídia tem tela de 7″ e o quadro de instrumentos, de 12″.

Hatch tem quadro de instrumentos digital de 12″ (Vagner Aquino/Jornal do Carro)

Na paleta de cores, o GR Corolla oferece quatro tons: branco Polar, preto, vermelho e cinza Precious Metal. As vendas se restringem às quatro concessionárias GR Garage no Brasil, presentes em São Paulo, Porto Alegre, Curitiba e Florianópolis. Apesar disso, de acordo com a Toyota, a manutenção do carro poderá ser feita em qualquer revenda no País.


A Toyota afirma que vai brigar por lotes extras do GR Corolla. Afinal, conforme aponta Daniel Grespan, líder da GR no Brasil, “é a primeira vez que a marca trabalha com esportivos. Então, antes de tudo, é necessário entender esse mercado”.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.