Nada de ser mais uma marca na multidão. Os US$ 90 milhões que a sul-coreana SsangYong informa ter investido para desenvolver a Actyon Sports têm como meta, além de abandonar o estilo controverso da geração anterior, fazer com que a picape apareça entre as rivais. Com novo motor 2.0 turbodiesel de 155 cv, o modelo parte de R$ 95.900, com câmbio manual, e vai a R$ 109.900 no caso da topo de linha, que tem caixa automática – ambas com seis marchas.
O efeito da mudança aparece nas vendas. De acordo com dados da marca, foram 2.200 emplacamentos este ano. Em 2012, o total chegou a 90. Nas ruas a picape vai bem, ao menos no que se refere ao visual. Obra do italiano Giorgetto Giugiaro, a Actyon Sports faz muita gente virar o pescoço quando passa.
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Bem ajustada. Para se destacar entre nomes consagrados, como Chevrolet S10, Ford Ranger, Nissan Frontier e VW Amarok, a picape SsangYong é bem recheada. A versão avaliada, de topo, tem ar-condicionado automático, tração 4X4, controlador de velocidade de cruzeiro, teto solar e volante multifuncional.Fazem falta itens como estribo lateral e alça de apoio.
Mas, basta dar a partida para notar que a Actyon Sports tem várias virtudes. O motor turbodiesel, por exemplo, está mais esperto que o antigo. São 14 cv e 4,8 mkgf a mais. Esse 2.0 gera 155 cv acelera bem e permite tirar os 2.035 quilos da picape da inércia com vontade. Isso porque os 36,4 mkgf de torque estão disponíveis a partir dos 1.500 rpm. O câmbio casa bem com o motor. Só não faça as trocas de marcha por meio de teclas atrás do volante. Além de ficarem mal posicionadas, elas tiram a boa pegada da direção.
Ao trafegar em asfalto, com a caçamba vazia, a picape é um tanto instável e passa sensação de flutuar demais. Culpa da suspensão muito mole. A cerca de 100 km/h é preciso fazer correções constantes de trajetória.
Falta à marca se tornar conhecida aqui. A Districar, representante da SsangYong, promete construir uma fábrica em Linhares (ES). As operações devem ter início no ano que vem. A Actyon Sports poderá ser feita em esquema CKD, no qual as peças vêm de fora e seriam montadas no Brasil.
