A partir de 2014, todos os veículos novos vendidos no Brasil deverão ter freios ABS de série. O sistema impede o travamento das rodas em frenagens de emergência, de modo a ajudar o motorista a controlar o carro e desviar de obstáculos. Sua reação é diferente da dos componentes “normais”, o que pode assustar quem não tem familiaridade com o dispositivo.
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Quando o freio é pressionado com força, o ABS faz oscilar a pressão das pinças sobre os discos de freio, gerando vibração que é transmitida ao pedal. “Muitos motoristas se assustam e tiram o pé do pedal, o que anula a ação do sistema e do próprio freio”, afirma Cesar Samos, diretor do Sindirepa, o sindicato das reparadoras.
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A dica para se familiarizar com o funcionamento do sistema é escolher um local seguro e fazer frenagens bruscas. Nos dispositivos mais modernos, a trepidação tende a ser menor.
Manutenção
Diretor de vendas da Continental (que fabrica ABS), Manoel Henrique Mota explica que a manutenção preventiva do recurso com é igual à feita em carros sem antitravamento. “Basta trocar as pastilhas e verificar o nível do fluido de freio, pois o sistema de atuação do conjunto é o mesmo.”
Se o ABS falhar, uma luz-espia se acenderá no painel. Isso não significa que o carro ficou sem freios, mas que o dispositivo passou a funcionar sem a assistência.
Oficinas especializadas fazem o diagnóstico eletrônico do sistema e apontam as peças que devem ser trocadas. O mais comum são danos nos sensores. Na Auto Mecânica Scopino (3955-2086), na zona norte, cada componente novo custa de R$ 200 a R$ 400. O preço da mão de obra varia de R$ 180 a R$ 270.
Problemas no módulo eletrônico ou na unidade hidráulica são raros. E caros: o reparo parte de R$ 2.800 e pode passar de R$ 12 mil, conforme o carro.
Mota lembra que a presença do ABS não autoriza o motorista a correr riscos. “Ele não deve andar mais rápido nem frear mais tarde que o normal.”