Rafaela Borges
Apesar dos veículos feitos na China e Coreia do Sul serem mais baratos que rivais nacionais, marcas de lá estão investindo em fábricas aqui. O Grupo Caoa, que representa a Hyundai, tem uma planta em Anápolis (GO) desde 2008. De lá saem o caminhão leve HR e o utilitário-esportivo Tucson. No mês que vem a unidade começa a produzir o caminhão médio HD e em 2012 passará a fazer o jipão ix35.
Enquanto isso, a matriz da Hyundai Motor está construindo uma planta em Piracicaba (SP), que produzirá um compacto cujo nome provisório é HB. O investimento é de R$ 1 bilhão e no primeiro ano completo de funcionamento, 2013, a unidade produzirá 150 mil unidades. “Somos parceiros, mas as operações (das fábricas de Goiás e São Paulo) serão independentes”, diz o presidente da Caoa, Carlos Alberto de Oliveira Andrade.
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As chinesas não vão ficar de fora. A Chery anunciou que sua unidade em Jacareí (SP) começa a produzir em 2013. “A fábrica terá duas plataformas compactas”, diz o presidente da empresa no Brasil, Luís Curi. “Ainda não definimos o que será feito lá”, desconversa. A expectativa é que o primeiro modelo local da companhia será o hatch Face.
A JAC também não descarta uma fábrica no País. Presidente da marca no Brasil, o empresário Sérgio Habib diz que para justificar o investimento as vendas anuais têm de superar 100 mil unidades. “Chegaremos a esse número em três anos, no máximo, com 3% de participação no mercado”, garante.
Ele conta que se cadastrou no Ministério da Indústria e Comércio com vistas a iniciar um projeto automotivo no Nordeste.
Os Lifan vendidos no Brasil – o hatch 320 e o sedã 620 – vêm da China e são montados no Uruguai. Por isso, não se beneficiam do acordo bilateral e pagam imposto de importação. Também no país vizinho, a sul-coreana Kia produz, desde 2010, o caminhão leve Bongo K2500.