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Avaliação: Ford Focus RS
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Avaliação: Ford Focus RS

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14 de jan, 2013 · 5 minutos de leitura.

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 Avaliação: Ford Focus RS

Diego Ortiz

“Onde você fez este carro, me conta pelo amor de Deus?”, grita um rapaz de cerca de 25 anos a bordo de um Chevrolet Celta no trecho urbano da Rodovia Anchieta ao ver o Focus RS arrancando na saída do semáforo. “Foi a Ford que fez, já veio assim” é o que deu para responder pela janela entreaberta, no meio da estrada. Mas aqui, dá para explicar melhor. O hatch das fotos desta página faz parte do lote de apenas cinco Focus RS enviados ao México em 2010, todos na cor verde. “Foram feitos somente 5 mil RS e um deles é meu, o único do Brasil”, gaba-se com razão o proprietário do esportivo, Malvino Reis, que trouxe o carro por meio da Automotriz Import.

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Feito na Alemanha, o Focus RS é uma máquina de prazer. Seu motor 2.5 de 305 cv é uma obra de arte, amplificada por um turbocompressor que joga de uma vez o 1,4 bar às 3.000 rpm, mesma rotação em que o torque máximo de 44,9 mkgf é despejado.

O resultado é um coice em segunda marcha capaz de deixar alguns esportivos de fina estirpe comendo poeira. Para efeito de comparação, a relação peso/potência deste Ford é de 4,9 kg/cv, enquanto a de um Porsche Cayman S é de 5,1 kg/cv.


O câmbio manual de cinco marchas é durinho, como na maioria dos esportivos, mas de precisão germânica. Robusta, a caixa aguenta reduções bruscas e ajuda muito na missão de cumprir o 0 a 100 km/h em 5,9 segundos. A velocidade máxima é de 265 km/h, segundo a fabricante.

Com cambagem negativa das rodas de 19 polegadas, o RS faz curvas com extrema facilidade. O segredo está no sistema de suspensão RevoKnuckle, com estrutura em forma de “C”, em vez do tradicional “L”, e do diferencial de deslizamento limitado, instalado no eixo dianteiro.


Graças a esse recurso, o comportamento do Focus, que tem tração na frente, ficou muito parecido com o de carros com tração nas quatro rodas. E, mesmo quando escapa um pouco, com o ESP desligado, a forma como o carro sai é de traseira. Uma situação no mínimo enigmática, mas para lá de divertida.

Dentro do Ford, a mudança está mais nos bancos dianteiros, que abraçam motorista e passageiro. No resto, o painel é similar ao da versão “normal”, com diferenças apenas nos relógios acima do console central, no acabamento com peças de fibra de carbono e detalhes verdes, nas pedaleiras feitas de alumínio e no logo RS gravado no volante.


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