Renault Sandero GT Line (Fotos: Sérgio Castro/AE)
Carlos Cereijo
Não se anime com o aerofólio, os adesivos quadriculados, as rodas de liga leve e o revestimento interno com costuras vermelhas. O Renault Sandero GT Line não tem novidade na mecânica. Na verdade, por R$ 42.590, apenas traz de volta o motor 1.6 de 16 válvulas que havia deixado de ser oferecido na linha Sandero. Com o propulsor de até112 cv (com etanol), 17 cv mais forte quando comparado aos 95 cv do 1.6 de oito válvulas, a série especial está longe de ser esportiva. É como colocar macacão e capacete em uma pessoa comum. Pode até parecer um piloto, mas não passaria da primeira curva em um Grande Prêmio.
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Voltando ao Renault, a posição de dirigir é elevada e os bancos não têm suporte nas laterais. A suspensão é ajustada para o conforto e faz com que o modelo incline muito nas mudanças de direção. A alavanca de câmbio tem engates preguiçosos, que não inspiram esportividade. Como o motor entrega a potência máxima a 5.750 rpm, falta fôlego a esse Renault em baixas rotações. É preciso rodar com motor “sempre cheio” para tirar o melhor proveito do carro.
No interior, os cintos de segurança vermelhos se destacam. O acabamento com detalhes brilhantes é interessante, mas fica marcado facilmente quando tocado. Em pouco tempo transmite aparência de sujo. A edição GT Line tem adesivos espalhados pela carroceria, aerofólio traseiro, rodas de liga leve de 15”, bancos de tecido com bordados e costuras vermelhas, mesmo tipo de acabamento do volante. O quadro de instrumentos traz grafismo exclusivo.
O Sandero GT Line vem bem equipado de série, com itens como duplo air bag, ar-condicionado, computador de bordo, alarme, direção hidráulica, vidros elétricos e som que lê arquivos em MP3, entre outros. O único opcional é o ABS. A série limitada será oferecida até abril de 2011. De acordo com a fabricante, a previsão é vender cerca de 300 unidades por mês.
