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Bentley revela Bentayga, o jipão de 301 km/h
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Bentley revela Bentayga, o jipão de 301 km/h

De acordo com a montadora britânica, o modelo de 608 cv é o utilitário mais rápido do mundo

08 de set, 2015 · 5 minutos de leitura.

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 Bentley revela Bentayga, o jipão de 301 km/h
Estreia mundial ocorrerá no Salão de Frankfurt

O Salão de Frankfurt (Alemanha), que abre as portas ao público no dia 19 de setembro, marcará a estreia de dois modelos que trazem a mesma fórmula do Porsche Cayenne. São utilitários de marcas que, tradicionalmente, atuavam apenas nos segmentos de modelos esportivos e sedãs de luxo. Um deles é o F-Pace, da Jaguar. O outro, igualmente britânico, é o Bentley Bentayga, que teve suas fotos e detalhes revelados nesta terça-feira (8).

De acordo com sua fabricante, o Bentayga chega para ser o mais rápido utilitário-esportivo do mundo. Ele atinge velocidade máxima de 301 km/h e acelera de 0 a 100 km/h em 4,1 segundos, também conforme a Bentley. Isso com quase 2,5 toneladas de peso (apesar do uso de alumínio leve em sua construção).

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Esses números são obtidos graças ao conjunto mecânico, que inclui câmbio automático de oito marchas e motor 6.0 W12 biturbo, que gera 608 cv e 91 mkgf, disponíveis a partir de 1.250 rpm.

O visual é inspirado no do EXP 9 F, protótipo revelado no Salão de Genebra (Suíça) de 2012. Há mudança, por exemplo, no posicionamento dos faróis auxiliares. As rodas podem ter entre 20″ e 22″.

O interior traz a qualidade típica dos modelos Bentley, com materiais como couro costurado à mão e madeira de lei. Os bancos possuem 22 opções de ajuste elétrico. Por encomenda, o painel pode receber o sofisticado relógio Mulliner Tourbillon, da marca Breitling.


Entre os itens de tecnologia, há suspensão a ar ajustável em quatro níveis, controles da tração 4×4 e de estabilidade, faróis com sistema “full-LEDs” (os diodos são utilizados em todos os itens do conjunto óptico dianteiro) e sistema de auxílio ao estacionamento capaz de parar o carro em vagas paralelas ou perpendiculares.

O controle de velocidade de cruzeiro adaptativo é um capítulo à parte. Ele tem função de frenagem, é capaz de manter automaticamente distância segura do carro da frente e, por meio de interação entre sistema de navegação, sensores e câmeras, pode antecipar a ocorrência de curvas e mudanças nos limites de velocidade (modificando-a automaticamente), entre outros parâmetros.

A tela sensível ao toque de 8 polegadas pode ser configurada em 30 idiomas. Há ainda opção de monitores para os passageiros traseiros.O carro tem 5,14 metros de comprimento e 2,99 metros de distância entre os eixos. O porta-malas acomoda entre 430 e 590 litros de bagagem.


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”