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Cadeirinhas infantis: Chicco, Maxi-Cosi e outros modelos encaram crash-test
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Cadeirinhas infantis: Chicco, Maxi-Cosi e outros modelos encaram crash-test

Teste realizado pelo Latin NCAP aponta as cadeirinhas infantis mais seguras à venda na América Latina; Maxi-Cosi e Nuna lideram o ranking

Rodrigo Tavares, Especial para o Jornal do Carro

24 de mar, 2023 · 7 minutos de leitura.

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Teste realizado pelo Latin NCAP avaliou impactos em 14 modelos
Crédito:(Latin NCAP/Divulgação)

Centro de debate sobre a obrigatoriedade nos últimos anos, as cadeirinhas infantis são itens de segurança primordiais na condução de bebês e crianças. E podem salvar vidas em caso de colisão de um automóvel, por exemplo. Nesse sentido, foram divulgados os resultados do Programa de Avaliação de Sistemas de Retenção Infantil (PERSI). O teste feito pelo Latin NCAP avaliou modelos à venda na região da América Latina e Caribe.

Os quatorze modelos testados se revelaram mais seguros, com pontuações entre 3 e 5 estrelas, algo inédito, por exemplo. Entretanto, há uma explicação para isso: alguns produtos são oferecidos na Europa, onde a regulamentação é mais rigorosa.

De toda forma, os bons resultados do teste demonstram maior rigor nos protocolos. Bem como um maior empenho das marcas em oferecer produtos melhores. No entanto, grande parte da frota de carros que circula na América Latina ainda não tem ancoragem Isofix. E isso implica diretamente na segurança diária do transportes de bebês e crianças.

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Quatorze modelos vendidos na América Latina e Caribe foram testados (Latin NCAP/Divulgação)

Falta de regulamentação sobre cadeirinhas “é inaceitável”, diz Latin NCAP

Entre as cadeirinhas avaliadas, estão, por exemplo, quatro modelos de bebês conforto, quatro conversíveis para bebês ou crianças, quatro assentos “multigrupo” (usados ​​nos modos integral e auxiliar), além de dois elevatórios com suporte para as costas.

Sobre os resultados, o Secretário Geral do Latin NCAP, Alejandro Furas, foi contundente: “É inaceitável que ainda existam países em nossa região que não tenham regulamentação de SIR (Sistemas de Retenção Infantil) e que, portanto, não exijam o seu uso. Ou que não permitam SIR aprovados pelas normas mais recentes da ONU, por exemplo. Afinal, estas cadeirinhas podem reduzir em 80% a probabilidade de morte ou ferimentos graves”.


Para Furas, é urgente dar o primeiro passo, que é a regulação, assim como a exigência de cadeirinhas no transporte infantil. Assim, com melhorias regulatórias, o Latin NCAP acredita que as classificações PESRI terão incentivo. E, dessa forma, “passarão a fornecer aos consumidores uma visão independente sobre o desempenho de segurança na vida real”.

Surpreendentemente, há um bom número de modelos na posição mais segura do ranking. O que, por sua vez, garante ao consumidor uma boa variedade de opções. Marcas como Maxi-Cosi e Nuna aparecem em destaque, por exemplo.

Ainda assim, é desejável um controle mais rigoroso sobre a segurança das cadeirinhas (Latin NCAP/Divulgação)

Condições do teste

Contudo, segundo o Latin NCAP, o teste com as cadeirinhas tiveram foco em impactos frontais e laterais, com parte da estrutura de um Volkswagen Polo para as colisões frontais. Para medir o impacto lateral, utilizou-se um banco traseiro que atinge uma porta estática com inclinação de 10 graus, que simula a colisão em um cruzamento ou poste.

O teste, no entanto, não avalia todas as posições das cadeiras, mas apenas as consideradas mais exigentes. Por fim, a facilidade do uso das cadeirinhas teve sua avaliação conduzida por meio de uma lista de verificação adaptada à situação da América Latina. Em suma, confira abaixo o ranking com as cadeirinhas mais seguras do mercado, segundo o Latin NCAP.

5 ESTRELAS

Maxi-Cosi

  • Coral + FamilyFix3 Base, do tipo Isofix + Base, para bebês
  • Coral, do tipo Cinto de Segurança, para bebês

Nuna

  • Pipa Next + Pipa Next Base, do tipo Isofix + Base, para bebês
  • Pipa Next, do tipo Cinto de Segurança, para bebês

4 ESTRELAS

CBX

  • Xelo, do tipo Cinto de Segurança + Isofix, para crianças regulares e pequenas

Chicco

  • Fold & Go i-Size, do tipo Cinto de Segurança + Isofix, para crianças regulares

Cybex

  • Aton B i-Size + Base M, do tipo Isofix + Base, para bebês
  • Aton B i-Size, do tipo Cinto de Segurança, para bebês
  • Cloud Z i-Size + Base Z, do tipo Isofix + Base, para bebês
  • Cloud Z i-Size, do tipo Cinto de Segurança, para bebês
  • Pallas B-Fix, do tipo Cinto de Segurança + Isofix, para crianças regulares e pequenas
  • Sirona S2 i-Size, do tipo Isofix, para bebês e crianças pequenas
  • Sirona S2 i-Size + Base Z, do tipo Isofix + Base, para bebês e crianças pequenas
  • Solution S i-Fix, do tipo Isofix, para crianças regulares

Joie

  • i-Spin 360, do tipo Isofix, para bebês e crianças pequenas

Nuna

  • Rebl Plus, do tipo Isofix, para bebês e crianças pequenas

3 ESTRELAS

Maxi-Cosi

  • Titan, do tipo Cinto de Segurança + Isofix, para crianças regulares e pequenas

Nuna

  • Tres LX, do tipo Cinto de Segurança + Isofix, para bebês, crianças regulares e pequenas

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.