Conforme antecipou o Blog do Fausto no Estadão, após determinação do novo juiz da Lava Jato, Eduardo Appio, o ex-ministro da Fazenda, Antônio Palocci, e o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, terão de devolver seus carros de luxo.
Palocci, que foi preso em 2016 e condenado no ano seguinte, precisa entregar sua frota composta por quatro modelos da Hyundai (não especificados), todos na cor preta. Em seguida, os veículos, quando entregues, serão destinados à leilão e o dinheiro será usado para quitar dívidas do ex-ministro com a justiça. Um Ford Fusion que pertencia a Palocci na época de sua condenação já foi leiloado.
Da mesma forma, Eduardo Cunha precisará devolver sua frota à União. Composta por seis veículos, é, de fato, a mais valiosa: somados, os modelos chegam perto de meio milhão de reais. Dentre os carros, estão: uma Passat Variant, um Ford Fusion, Ford Edge, um Hyundai Tucson e dois Porsche Cayenne, um de 2006 e outro mais novo, de 2013. Contudo, todos os veículos apreendidos estão no nome da empresa “Jesus.com” e não diretamente no nome do político.
Placa personalizada com número de campanha
Com base no levantamento feito na Tabela Fipe, os dois Porsches estão avaliados em R$ 80 mil (2006) e R$ 200 mil (2013). Além disso, o Ford Edge e seu irmão maior Fusion valem R$ 70 mil cada. A perua Passat Variant tem preço de R$ 30 mil e o Hyundai Tucson tem valor de R$ 32,5 mil. Então, a soma do montante equivale a R$ 483 mil.
Dentre os veículos que apreendidos, uma curiosidade: o Ford Edge possui placa final “1530”, mesmo número utilizado pelo político na sua campanha eleitoral para Deputado Federal.
No caso de Cunha, apreensão de veículos não é novidade. Em condenação posterior, o político teria de devolver 8 carros de luxo, que somados ultrapassam R$ 1 milhão. Mas o então juiz Sérgio Moro bloqueou os bens e os manteve sob posse da família do condenado. Por fim, a nova decisão, emitida pelo novo juiz da Lava Jato, revoga a decisão prévia.
Ao serem entregues, os veículos deverão ter toda a documentação presente, bem como manuais e chaves reservas. Único a se pronunciar, Eduardo Cunha disse em redes sociais que decisão visa seu “constrangimento público”.
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