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Ford garante que não irá retomar veículos em caso de não pagamento
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Ford garante que não irá retomar veículos em caso de não pagamento

Após repercussão, Ford diz que não lançará sistema que recolhe carros autônomos em caso de não pagamento; patente foi registrada nos EUA

Rodrigo Tavares, Especial para o Jornal do Carro

06 de mar, 2023 · 3 minutos de leitura.

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Ford F-150
Ford F-150 Lightning
Crédito:Ford/Divulgação

A Ford registrou patente de um sistema que deixou muitos norte-americanos em alerta. A tecnologia feita para carros autônomos prevê o recolhimento de unidades com pagamento em atraso. De início, a aplicação prevê o desligamento de equipamentos básicos, como o ar-condicionado, por exemplo. Já no caso de dívidas maiores, os veículos da marca poderão simplesmente desligar os motores e até voltar sozinhos para as concessionárias.



Entretanto, após alta repercussão na imprensa norte-americana, a montadora afirmou que não vai lançar o novo sistema nos Estados Unidos. Pelo menos não tão cedo.

Novo Ford Edge em versão de 7 lugares na China (Ford/Reprodução)

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Conforme contamos no Jornal do Carro, essa patente não era novidade para a marca, que vinha trabalhando nela desde 2021. Ao receber o sinal verde, o sistema pode retomar o veículo do dono, assim como pode até dirigir ao ferro-velho, se o seu valor de revenda não cobrir a dívida. Tudo depende da resposta do proprietário, que, se ignorar os avisos da montadora, pode perder o carro.

Entretanto, a empresa afirmou em nota que não tem planos de agir para retomar veículos. E que as patentes da marca são geradas de maneira comum. Ou seja, o registro não significa que tais tecnologias ganharão produção. A possibilidade existe, mas é incerta. Portanto, por enquanto, não há razão para se preocupar com a possibilidade de o carro voltar sozinho para a revenda da Ford. Um alívio para os futuros compradores.

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”