Apresentado ao público em 1993, o Citroën Xantia completa 30 anos ostentando a fama de ser um dos carros mais tecnológicos dos anos 90. Parte disso se deve ao seu design arrojado e também da sua suspensão hidropneumática, algo inédito em carros no Brasil, por exemplo.

Após o lançamento no Salão de Genebra, o Xantia obteve o título de “Carro do Ano” na Europa por suas linhas aerodinâmicas, emprestadas do Citroën XM, sedã grande da marca. Contudo, um dos pontos fortes do modelo eram os motores disponíveis: 1.8 aspirado de 103 cv e 15,6 mkgf de torque; 2.0 de 8 válvulas, 123 cv e 17,9 mkgf; e o 2.0 de 16 válvulas e bons 155 cv e 18,6 mkgf.

Suspensão hidropneumática é marca da Citroën

Um de seus motores mais desejados era o 3.0 V6, com 190 cv e 27,2 mkgf de torque, além das versões Break (perua) e Activa. Mas o Xantia tinha como diferencial a suspensão hidropneumática, controlada eletronicamente. Chamada Hydractive II, era composta por esferas cheias de fluído (em vez de molas e amortecedores), que podiam alterar o conforto e a altura do carro de acordo com a velocidade ou a inclinação da carroceria, por exemplo.

Sensores liam a posição do volante, acelerador e freios, e controlavam a estabilidade, mandando sinais às válvulas solenoides, que comandavam as esferas da suspensão. Além disso, a suspensão permitia ao carro ficar rente ao solo em altas velocidades, para maior estabilidade em rodovias.

Considerado um sucesso na marca, o Citroën Xantia teve 1.326.259 unidades fabricadas entre 1993 e 2002, a grande maioria delas saída da fábrica de Rennes–la-Janais, na França. No Brasil, no entanto, teve suas primeiras unidades vendidas só a partir de 1994, estreando na versão de topo de linha VSX.

Com 4,44 metros de comprimento e um entre-eixos de 2,74 metros, o Xantia tinha excelente espaço interno, o que lhe conferia a fama de confortável. Com design feito em conjunto com o estúdio italiano Bertone, o sedã francês tinha frente aerodinâmica e traseira curta, o que pode confundi-lo com um hatch médio, porém trata-se de um sedã “liftback“.

Em suma, o modelo é até hoje lembrado pela maciez do rodar e pelo bom desempenho. E deixa uma legião de fãs no mundo todo.

O Jornal do Carro está no Instagram, confira!