Como anda o jipinho Jimny, da Suzuki

Diego Ortiz

“Coragem é a resistência ao medo e não a ausência do medo”. A frase do escritor Mark Twain resume bem o Jimny, jipinho que a Suzuki monta em Catalão (GO) desde novembro. A R$ 54.990, a versão 4ALL, como a avaliada, é capaz de fazer coisas que poucos carros como ele – 3,67 metros de comprimento e motor de apenas 1,3 litro – conseguiriam.

Logo no início da avaliação, o Jimny partiu rumo a um difícil trecho de off-road ao lado da pista do Autódromo Velo Città, em Mogi Guaçu (interior de São Paulo). Com muitas pedras, rampas e inclinações severas, o trajeto é de dar medo aos não iniciados.

Mas bastou colocar a tração 4×4 do Suzuki em reduzida para ele começar a subir e descer tudo sem perder o fôlego. Graças, também, aos 37° de ângulo de entrada e 51° de ângulo de saída e ao ótimo trabalho das suspensões com eixo rígido e três barras.

No primeiro momento, o senso comum sugeria que o quatro-cilindros de 1.328 cm3 a gasolina, que gera 85 cv e 11,2 mkgf, não daria conta do serviço. Mas a tração reduzida é bem curta e o torque entra quase todo às 3 mil rotações. Ou seja: sempre há força para encarar uma trilha pesada.

Com 2,25 metros, o entre-eixos curto também ajuda a cruzar as rampas. O sistema de roda livre pneumática com caixa sincronizada permite trocar o tipo de tração a até 100 km/h.

Por outro lado, como um bom bicho do mato, na cidade o Jimny fica tímido. Seus 1.420 quilos não casam bem com a potência do 1.3 e, no asfalto, o Suzuki roda no limite do aceitável.

Em ultrapassagens, é preciso reduzir muito as marchas e esganar o motor, que começa a gritar às 3.500 rpm, pertinho do torque máximo (4 mil). Ainda assim, o jipinho conquistou nota A na aferição de consumo no Inmetro. Essa é uma ótima notícia, já que ninguém vai querer ficar sem gasolina no meio da mata.

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