Você está lendo...
Como será a evolução do carro autônomo
Tecnologia

Como será a evolução do carro autônomo

Evolução do carro autônomo terminará no nível cinco; atualmente, modelos estão na transição do dois para o três

Igor Macário

01 de out, 2017 · 6 minutos de leitura.

Publicidade

Evolução do carro autônomo
Evolução do carro autônomo
Crédito:Audi Aicon é conceito de autônomo de nível cinco (Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters)
Evolução do carro autônomo

O carro autônomo não é coisa de um futuro distante. A tecnologia está muito próxima de chegar aos veículos de rua (que, por ora, são semiautônomos). Prova disso foi o grande número de protótipos que dispensam motorista mostrado no Salão de Frankfurt (Alemanha), encerrado no domingo passado.

O evento, inclusive, foi palco do lançamento do novo Audi A8, o primeiro modelo de série com sistema autônomo de nível três.

As sistemas do A8 são capazes de dispensar a atuação do motorista em mais situações que nos semiautônomos de nível dois (à venda atualmente). O condutor não precisa monitorar as ações do carro enquanto o recurso está ativo e pode, por exemplo, ler, falar ao telefone ou usar a central de entretenimento.

Publicidade


O veículo “monitora” o motorista apenas para saber se ele está apto a reassumir o controle, se necessário. Também manda alguns sinais se o condutor dormir, por exemplo.

Por enquanto, o sistema de nível três do A8 só funciona em congestionamentos e na estrada, com o sedã a até 60 km/h. É preciso que a via também tenha uma divisão física entre os sentidos de rodagem (canteiro, por exemplo).

Fora dessas condições, a tecnologia não pode ser ativada. A norte-americana Tesla deve ser a próxima a mostrar um modelo com automação nível três, ainda neste ano.


O nível quatro, próximo da condução autônoma, representará o maior salto na escala evolutiva ao dispensar completamente o motorista na maior parte do tempo. Com o sistema, mostrado também pela Audi no conceito Elaine, o condutor só entrará em ação eventualmente, caso o carro “não saiba lidar” com alguma situação.

Mas o veículo será capaz de agir em emergências, já que o motorista pode não estar pronto para assumir o comando imediatamente. Isso significa que o modo autônomo não pode simplesmente “se desligar”.

No quinto nível, como dispensará totalmente a necessidade de motorista, o carro não terá volante nem pedais, por exemplo. A condução será totalmente automatizada e os ocupantes terão apenas de aguardar enquanto o veículo faz todo o trabalho de chegar ao destino previamente estipulado.


 

CHEVROLET BOLT AUTÔNOMO ESTÁ NAS RUAS

A Chevrolet está testando nos Estados Unidos uma frota de Bolt equipada com um avançado sistema de sensores e radares. Com isso o compacto tem capacidade de transitar de forma autônoma pelas ruas.


As 180 unidades estão rodando na cidade de São Francisco, na Califórnia, e no Estado do Arizona, para testar no “mundo real”, soluções do nível quatro da condução autônoma.

Esses carros já estão preparados para receber sistemas do nível cinco, que representa 100% de automação – sem motorista.
Os Bolt são monitorados por engenheiros da marca, que viajam a bordo, mas têm capacidade para lidar com quase todo tipo de situação de trânsito. Os veículos param em semáforos, dão passagem a pedestres e esperam a vez se um outro carro estiver estacionando à frente.

O sistema montado no teto dos carros inclui sensores a laser, radares e câmeras que dão uma visão 360°. Isso torna possível saber tudo que acontece em torno do veículo.


Segundo informações da marca, os Bolt são os primeiros carros autônomos feitos em uma fábrica de grande capacidade, como é o caso da unidade de Orion, em Michigan.

Como a produção de modelos autônomos é bem mais complexa que a de carros convencionais, o objetivo da empresa é também preparar suas plantas para fabricar esse tipo de veículo em escala industrial.

 


VEJA TAMBÉM: OS CARROS DO FUTURO

Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.