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Corrija seus vícios ao volante
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Corrija seus vícios ao volante

A segurança no trânsito vai muito além do respeito às leis e da manutenção preventiva do veículo. A maneira de guiar e os hábitos ao volante são determinantes em situações de emergência, em que estar preparado faz toda a diferença

20 de nov, 2010 · 6 minutos de leitura.

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 Corrija seus vícios ao volante

Leandro Alvares

Amanhã (21) é o Dia Mundial em Memória às Vítimas de Trânsito, uma data que merece reflexão. No Brasil, os acidentes de trânsito são responsáveis por mais de 36 mil mortes e cerca de 100 mil internações por ano, de acordo com o Ministério da Saúde. Durante o feriado da Independência, 142 pessoas perderam a vida apenas nas rodovias federais.

Mas a segurança no trânsito vai muito além do respeito às leis e da manutenção preventiva do veículo. A maneira de guiar e os hábitos ao volante são determinantes em situações de emergência, em que estar preparado faz toda a diferença e pode salvar vidas.

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“Banco ajustado lá para trás, mãos posicionadas de forma errada sobre o volante e pé descansando na embreagem são alguns dos vícios mais comuns da maioria dos motoristas”, afirma o instrutor do Centro Pilotagem Roberto Manzini (5668-5353), Marcelo Marques.

Ele diz que o mau posicionamento faz com que o condutor não tenha precisão ao executar movimentos. “E ocasiona desgaste prematuro de componentes como as engrenagens da transmissão no caso de quem anda com a mão apoiada na manopla do câmbio.”

Conhecendo os erros


Habilitado há menos de um ano, o estudante de engenharia Luiz Spina, de 18 anos, ficou surpreso ao descobrir que dirige de forma completamente errada. “Faço tudo o que o instrutor apontou como incorreto. Quando tirei a carteira de motorista, a autoescola me ensinou a guiar, não a me portar ao volante.”

Outro que se espantou com o desconhecimento foi o estudante de administração Almiro Pinheiro, de 19 anos. “Sempre fiquei ‘largadão’ dentro do carro, com o banco bem para trás. Quando o ajustei da maneira que o instrutor ensinou, em uma posição em que os punhos ficaram sobre o volante ao esticar os braços, passei a me sentir mais à vontade na direção. E menos cansaço, já que os braços ficam flexionados”, conta.

Marques afirma que é preciso força de vontade para eliminar os vícios. “É importante conhecê-los, mas também se esforçar para vencê-los, pois nos acostumamos a dirigir errado e não é fácil se reeducar.”


Spina diz que seu maior desafio será não usar o celular enquanto dirige. “Isso causa distração, além de poder acarretar multa. Tento me lembrar dos outros hábitos sempre que entro no carro e me forço a fazer o certo.”

Confira a seguir alguns dos principais vícios ao volante, segundo especialistas:


AJUSTES ADEQUADOS
Ângulo do encosto do banco tem de estar entre 100 e 110º e os punhos devem ficar sobre a volante (acima).

ACERTE NAS MANOBRAS
A chamada de ‘ordenha’, feita à acima por Pinheiro, deve ser evitada. “Ela não garante firmeza para mudanças sucessivas de direção”, diz o instrutor Marques. Abaixo, a forma correta.


EVITE DESGASTE

Pé na embreagem só na hora das trocas de marcha. Fora isso, deve ficar no ‘apoia-pé’ (acima). Deixá-lo sobre o pedal reduz a durabilidade dos componentes.


NADA DE CELULAR
Usar o aparelho enquanto guia é um dos vícios de Luiz Spina que tira totalmente a atenção do condutor.

FOTOS: SÉRGIO CASTRO/AE


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