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Defender, Discovery e Range Rover viram marcas com identidade própria
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Defender, Discovery e Range Rover viram marcas com identidade própria

Grupo JLR inicia estratégia para fazer desaparecer referências da Land Rover; SUVs como Defender e Range Rover se tornam marcas da montadora

Redação, Mário Sérgio Venditti, de La Paz (México), para o Jornal do Carro

15 de jun, 2023 · 6 minutos de leitura.

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JLR Jaguar Land Rover
Reestruturação da marca abrigará todos os produtos da Jaguar-Land Rover, agora JLR; Defender, Discovery e Range Rover viram marcas
Crédito:JLR/Divulgação

Quem gosta dos SUVs da inglesa Land Rover perceberá que, rapidamente, a tradicional marca sairá de cena. O grupo JLR iniciou um reposicionamento estratégico que visa desvincular de vez os modelos Defender, Discovery e Range Rover da nome Land Rover.

A linha Range Rover praticamente já trilhava um caminho independente mas, agora, ela e os demais SUVs passarão a marcas próprias. Ou seja, os modelos perderão até o emblema da Land Rover e qualquer outra referência ao antigo nome.

No caso da Defender, por exemplo, esqueça o prenome Land Rover que acompanha o jipão há décadas. O modelo se chamará apenas Defender, que, no Brasil, chega nas versões 90 HSE, 110 X-Dynamic e X e 130  X, todas com motor diesel de 300 cv de potência.

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O plano da JLR de se transformar em uma “House of Brands” teve apresentação na cidade de La Paz, na região do Baixo Sul da Califórnia (México), para a imprensa brasileira e mexicana. “Queremos fortalecer a individualidade de cada marca e ter um olhar único em toda a organização para ser os melhores criadores de veículos e serviços”, pontua Paulo Manzano, diretor de marca Jaguar Land Rover Brasil. “Não seremos mais uma marca que faz automóveis de luxo, mas sim uma empresa de luxo que produz automóveis”, resume Manzano.

Legado sem saudosismo

Jaguar Land Rover Discovery
Discovery passa a ser a linha de SUVs mais acessíveis da montadora (JLR/Divulgação)

Dessa forma, a JLR vem desenvolvendo o conceito “luxo moderno”, com a visão de que cada carro atende a um consumidor específico em busca de vivenciar novas experiências dentro de uma jornada de escolha e uso do veículo. Segundo Paulo Manzano, o cliente já faz essa distinção que começou a ser colocada em prática pela JLR. E essa transição também passa pela mudança radical de mentalidade da companhia.


“Valorizamos todo o legado dos modelos da Land Rover e da Jaguar, mas, a partir de agora, caminharemos para a frente”, pontua o executivo. “Não deixaremos de falar da nossa história, mas sem saudosismo e sem tentar reeditar sucessos do passado. O foco é no hoje e no amanhã”. Em uma apresentação repleta de definições de marketing, Manzano revelou que a JLR tem a intenção de oferecer aos consumidores a possibilidade de “usufruir do produto de maneira simples e direta, criando maior proximidade com os carros”.

Mudança nas concessionárias

Jaguar Land Rover Defender
Defender agora é marca da linha de jipes 4×4 (JLR/Divulgação)

As concessionárias da JLR também terão de passar por modificações para que o cliente entenda mais facilmente a diferenciação das novas marcas Defender, Discovery e Range Rover, além da Jaguar que, de acordo com executivo, ainda ficava “pendurada” na Land Rover. Agora, a marca felina enfim ganhará vida autônoma. As concessionárias reunirão todas as marcas, porém, elas serão divididas, para não causar confusão entre os visitantes, que saberão exatamente aonde ir dependendo da compra.


A transição da JLR também vem ao encontro de temas em expansão no cenário automotivo, como eletrificação e mobilidade, por exemplo. Manzano destaca que a empresa já está preparando o terreno para, futuramente, lançar automóveis movidos a bateria das marcas. Embora não idêntico, o movimento da JLR faz lembrar o que aconteceu com a RAM, que se desligou totalmente da Dodge para ter personalidade própria. Hoje, a Dodge se dedica a modelos esportivos, ao passo que a RAM vem aumentando seu portfólio de picapes.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.