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Elise e Exige dão adeus à América do Norte
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Elise e Exige dão adeus à América do Norte

Os air bags 'inteligentes' agora são obrigatórios nos Estados Unidos e Canadá até para carros esportivos. Com isso, a montadora inglesa Lotus criou edições limitadas para seus dois modelos menores, que não poderão mais ser vendidos lá

09 de ago, 2011 · 3 minutos de leitura.

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 Elise e Exige dão adeus à América do Norte

Elise SC Final Edition

Os air bags “inteligentes” – que se abrem de acordo com o tamanho e posição dos ocupantes – agora são obrigatórios nos Estados Unidos e Canadá até para carros esportivos e, com isso, os Lotus Elise e Exige não poderão mais ser vendidos por lá. Para marcar os últimos momentos desses modelos, a fabricante inglesa criou três edições especiais de “despedida”.

Com carroceria targa, o Elise SC Final Edition tem 15 unidades, diferenciadas por vários itens pintados na cor preta fosca. O motor tem compressor e desenvolve 221 cv. Versão fechada e mais brava do Elise, o Exige está com duas séries limitadas, ambas rendendo 261 cv: S260 Final Edition, com 30 exemplares, e Matte Black Final Edition, de 25 – neste caso, o carro é todo preto fosco.

Exige S260 Final Edition

Entre os itens de série dessas três séries especiais estão dois itens importantes para quem gosta de acelerar forte: diferencial de deslizamento limitado e controle de tração. Além disso, os dois Exige têm suspensões com amortecedores e altura reguláveis.

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A Lotus afirma oficialmente que o motivo de os modelos pararem de ser vendidos nos EUA e Canadá é o fim da produção do propulsor 1.8 2ZZ-GE, da Toyota. Mas os carros continuarão a ser feitos para o resto do mundo com outro bloco da marca japonesa, o 1.6 ZR. Logo, a falta das bolsas de ar adaptativas é a verdadeira razão.

Exige Matte Black Final Edition (Fotos: Lotus/Divulgação)

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”