Você está lendo...
Fiat Punto, um veterano de estrada
Notícias

Fiat Punto, um veterano de estrada

Lançado em 2007, modelo tem a diversidade como trunfo para manter caminho de sucesso

19 de mar, 2014 · 6 minutos de leitura.

Publicidade

 Fiat Punto, um veterano de estrada
Lançada no ano passado, Blackmotion traz acessórios para deixar visual bem esportivo

Diversidade. Este é o segredo do sucesso do Fiat Punto desde 2007, quando o hatch chegou às concessionárias do País. O carro foi o escolhido para estrear a seção “Veteranos que amamos”, na qual avaliaremos, uma vez por mês, modelos que, mesmo sem ter recebido mudanças significativas recentemente, são bons de venda.

O Punto é oferecido no Brasil com quatro versões de motor. Com o 1.4 flexível, a tabela parte de R$ 43.230 e de série há itens como vidros dianteiros elétricos, ar-condicionado, direção hidráulica e rádio com entrada USB.

Publicidade


O quatro-cilindros é bem antigo e seu desempenho deixa a desejar. São 88 cv com etanol e torque de apenas 12,5 mkgf. Esse motor exige constantes mudanças de marcha do câmbio manual de cinco velocidades para obter alguma agilidade no trânsito. O Punto 1.4 demora a ganhar velocidade.

O melhor custo-benefício está na versão 1.6, que parte de R$ 45.920. Com até 117 cv e 16,8 mkgf, esse propulsor está na medida certa para o carro. Apesar das dimensões compactas, o carro leva com conforto duas pessoas no banco de trás. Com o 1.8 de até 132 cv, o hatch é rápido e empolgante de acelerar. São R$ 50.680, na versão Sporting, e R$ 53.400 na série especial Blackmotion, com acessórios que deixam o visual mais esportivo.

Quem gosta mesmo de esportividade pode optar pela versão T-Jet, capaz de deixar para trás modelos como Audi A1 e Mini One. Esse Fiat, que parte de R$ 61.380, tem motor 1.4 turbo a gasolina de 152 cv. Entre os pontos negativos do Punto está o câmbio automatizado Dualogic, disponível nas versões 1.6 e 1.8. Nesse caso, a tabela parte de R$ 48.639.


Enquanto os rivais (confira lista na próxima página) têm transmissões modernas, a Fiat insiste no confuso e cheio de trancos Dualogic. O porta-malas também deixa a desejar. O acabamento interno agrada pela beleza e qualidade dos materiais. E a direção direta, aliada à boa suspensão, torna o Punto um carro bom de curva.

++ Siga o Jornal do Carro no Facebook
++ Peugeot 207 ganha edição especial

Opcionais são raros no segmento


Enquanto os concorrentes do Punto oferecem versões com pacotes fechados, no Fiat é possível comprar a maioria dos opcionais separadamente. Na de entrada, Attractive 1.4, por exemplo, a lista inclui kit com conexão Bluetooth e comandos do sistema de som no volante, rodas de liga leve e vidros elétricos traseiros.

Outros extras disponíveis para o Fiat são bancos de couro e até teto solar, dependendo do motor e nível de acabamento.

Quando chegou, o Punto quebrou a monotonia do segmento de hatches compactos no País, que desde o início dos anos 2000 tinha como representantes Citroën C3, Honda Fit e Volkswagen Polo.


As vendas do Fiat se mantêm estáveis desde então. O melhor resultado foi em 2012, quando o modelo recebeu a única e grande reestilização. Entre os compactos que não oferecem versões 1.0, o Punto ficou atrás apenas do Chevrolet Agile, que parte de R$ 44.090.

No ano passado, a participação de mercado do Fiat caiu muito por causa da renovação do segmento. Entre as estreias estão o Peugeot 208 e o novo Fiesta nacionalizado, que passou a ser o líder da categoria.


Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”