Combustível consolidado no Brasil, o etanol de cana-de-açúcar não para de ganhar fôlego. Na segunda-feira passada, o porcentual do produto misturado à gasolina comum subiu de 25% para 27% e marcas que não ofereciam motores flexíveis, como as alemãs BMW e Mercedes-Benz, por exemplo, estão apostando cada vez mais na tecnologia que permite rodar com o combustível vegetal e/ou mineral em qualquer proporção.
Poucos veículos feitos no Brasil têm motores só a gasolina ou diesel. Entre eles estão Chevrolet Trailblazer e Mitsubishi ASX. A evolução nas vendas comprova a alta da oferta de bicombustíveis no País desde a chegada do pioneiro Volkswagen Gol, em março de 2003.
Publicidade
No primeiro “ano cheio” de vendas dos bicombustíveis, apenas 21% dos carros emplacados no País tinham esse tipo de motor. Em 2006, essa participação ultrapassou os 80% e atualmente chega a 92%.
E deve crescer ainda mais. Marcas que só ofereciam modelos a gasolina também estão adotando a tecnologia.
A BMW, por exemplo, que inaugurou sua primeira fábrica na América do Sul em outubro do ano passado, produz em Araquari (SC) o sedã Série 3 e o utilitário-esportivo X1 flexíveis. Na semana passada, a marca confirmou o início da produção do hatch Série 1 bicombustível.
A Audi não confirma oficialmente, mas, no fim deste ano, será a vez de a marca lançar no Brasil o A3 Sedan flexível feito na fábrica da VW em São José dos Pinhais (PR). E, no início de 2016 sairá da planta da Mercedes, em Iracemápolis (SP), o sedã Classe C que poderá rodar com etanol e/ou gasolina.
A marca confirmou o desenvolvimento do motor 1.6 turbo flexível, que equipará também o jipinho GLA, segundo carro a ser feito na nova fábrica.
Motos. A Honda, pioneira no País a produzir motocicletas flexíveis, celebrou nesta semana a marca de quatro milhões de unidades bicombustíveis fabricadas em Manaus. A marca oferece oito modelos com a tecnologia, que atualmente representam 65% das vendas da empresa no mercado brasileiro.
