Para provar que continua a investir no Brasil, a Ford anunciou uma lista de novidades para o próximo ano no País. Além de estimativa de crescimento e repaginação de concessionários, a marca do oval azul promete diversos lançamentos de produtos no mercado nacional. Mais precisamente, serão dez novos veículos ao longo de 2023.
No evento de balanço anual, onde destacou suas principais ações realizadas em 2022, a Ford detalhou parte da agenda para o ano que vem. “Teremos dez produtos totalmente novos no Brasil, sem mudar o nosso foco em picapes, SUVs e veículos comerciais, com qualidade e tecnologia global”, resumiu Daniel Justo, presidente da Ford América do Sul.
Dentro da agenda de eletrificação, há três modelos definidos. Além da recém-apresentada Maverick Hybrid, chegarão ao Brasil Mustang Mach-E e a van/furgão E-Transit – ambos elétricos. Aliás, o comercial leve terá mais duas versões. Uma câmbio automático – será a primeira van com esse tipo de transmissão no mercado e chega no primeiro semestre de 2023. E logo depois vem a Transit Chassi (foto abaixo), na segunda metade do ano.
F-150 a caminho do Brasil
Como a Ford, desde o começo de 2021, não tem mais fábrica no Brasil, o jeito é apostar em produtos importados. Desse modo, a montadora já confirmou o lançamento das picapes Ranger (em nova geração) e F-150 por aqui em 2023.
Por fim, os três lançamentos restantes ainda estão em segredo, mas um deles deverá ser a nova geração do SUV Territory – chamada de Equator Sport, na China. Da mesma forma, o Mustang renovado é outro forte candidato. E uma nova picape. Especulações apontam que, a exemplo do que fez a Mitsubishi Motors, a Ford pode manter a Ranger atual. Dessa forma, o modelo pode receber uma leve atualização para seguir por mais algum tempo.
Mas, caso isso não se concretize, pode ser que a fabricante importe uma outra versão do Bronco ou mesmo o Everest. O SUV de 7 lugares, assim, concorreria na faixa de Chevrolet Trailblazer e Toyota SW4. Por fim, a Ford quer aumentar sua participação nas vendas. Longe do pódio desde que deixou de fazer parte do veterano grupo das “quatro grandes”, a marca hoje sequer chega a 1% de participação, aponta a Fenabrave. Entretanto, com as novidades, a meta é alcançar 5% de participação num possível mercado de 2,2 milhões de unidades vendidas.
Pós-vendas
Para isso, a marca também quer investir em estrutura de vendas e pós-vendas. Toda a rede, com 110 concessionárias no Brasil, passa por modernização. A princípio, cerca de 30% delas já inauguraram o novo padrão global de identidade da marca, o Ford Signature. O depósito de peças em Cajamar (SP) também continua a todo vapor, informa a fabricante. “O Centro de Desenvolvimento e Tecnologia da Ford irá gerar este ano uma receita aproximada de R$ 500 milhões para a empresa, o que é uma prova de que somos competitivos para exportar inteligência automotiva”, afirmou Justo.