A França não parece interessada em ver mais SUVs nas ruas. O País aprovou uma nova lei que aumenta a multa para carros mais poluentes. O valor passa para 20 mil euros (cerca de R$ 90 mil) a partir de 2020. Atualmente, a punição as montadoras por cada carro que passa do limite de emissões é de 12.500 euros (próximo de R$ 56 mil).
O aumento do valor da multa vem ao encontro da nova fase de emissões de poluentes. O Euro6 entra em vigor para veículos de passeio em 2020. Com a nova fase do projeto, os carros precisam emitir ainda menos poluentes e ruídos, além de consumirem menos combustível.
Os SUVs estão na mira dos franceses porque são maiores e, consequentemente, mais poluentes e menos econômicos. O alvo cresceu também porque entre janeiro e novembro deste ano as vendas desse tipo de veículo aumentaram 30% na França. Os dados são da consultoria Inovev.
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O Ministério da Economia da França estima que com o novo valor das multas associado ao aumento da venda de SUVs, isso poderia gerar, ao menos, 50 milhões de euros por ano para o governo em taxas.
Tanto o desejo por SUVs quanto o aumento nas vendas segue uma tendência global de substituição de outros tipos de carrocerias, como hatches, peruas e minivans, por diversos tamanhos de SUVs.
França: incentivo para elétricos vai cair
Por mais conflitante que seja o País está considerando reduzir os incentivos financeiros para a compra de carros elétricos e com células de hidrogênio. A lógica é que nos próximos anos o preço caia e por isso os incentivos fiscais não sejam mais tão necessários.
Em 2020, a França vai oferecer 6 mil euros (R$ 27 mil) de incentivos. Esse valor vale para a compra de carros elétricos que custem menos de 45 mil euros (R$ 200 mil). O valor não foi divulgado, mas deve cair em 2021 e 2022, segundo o ministro da economia, Bruno Le Maire.
“O mercado de carros elétricos não vai decolar sem um forte incetivo para compras”, disse Luc Chatel, chefe do grupo francês de lobby PFA. “Todos tem algo a perder: a indústria, o meio ambiente e o poder de compra do francês”, completou.
