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GWM Haval H6 híbrido chega ao Brasil com preço de Toyota Corolla Cross
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GWM Haval H6 híbrido chega ao Brasil com preço de Toyota Corolla Cross

Segundo SUV da chinesa GWM, Haval H6 custa o mesmo que o Corolla Cross híbrido, mas é bem mais potente, com 243 cv e 54 mkgf de torque

Vagner Aquino, Especial para o Jornal do Carro

07 de mar, 2023 · 6 minutos de leitura.

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GWM Haval H6 Premium HEV
GWM Haval H6 estreou em abril no Brasil com preço para incomodar SUVs a combustão como Compass, Corolla Cross e Taos
Crédito:GWM/Divulgação
GWM Haval H6 registrou 1.450 emplacamentos no último mês

Logo no início de 2022, a Great Wall Motors (GWM) apresentou seus planos para o Brasil. Dentre eles, lançar o primeiro carro no País. Pois chegou a hora. A montadora chinesa deu início às vendas do SUV Haval H6. A versão híbrida convencional tem sobrenome “Premium HEV” e preço de R$ 209 mil. Ou seja, o utilitário chinês vem na cola do Toyota Corolla Cross XRX Hybrid, versão topo de linha com tabela de R$ 207.790 na linha 2024.

Com uma única versão disponível, o Haval H6 Premium HEV terá mesmo preço de norte a sul do Brasil. É uma estratégia da GWM. Aliás, a montadora aproveita o lançamento para anunciar os preços das versões plug-in de seus dois SUVs. O Haval H6 Premium PHEV AWD 2024 custa R$ 269 mil. Já o H6 GT PHEV AWD 2024, versão com estilo cupê, tem tabela de R$ 299 mil.

Além disso, a parceria da GWM com o Mercado Livre continua. Ou seja, qualquer dos três modelos cobra um sinal de R$ 9.000 até o dia 31 de março.

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Haval H6 GT: SUV híbrido da GWM roda 1.000 km com um tanque

Quais são os rivais do GWM Haval H6

Embora tenha sido ajustado para o mercado brasileiro, o Haval H6 chega importado da China. O SUV híbrido vem concorrer com o Toyota Corolla Cross Hybrid, Jeep Compass S e VW Taos 250 TSI – todos na faixa entre R$ 207 mil e R$ 230 mil.

Mecanicamente, o Haval H6 Premium HEV difere da versão plug-in. Além de não ser recarregável em fonte externa, tem apenas um motor elétrico. Este trabalha com o motor 1.5 turbo a gasolina e uma bateria pequena de 1,6 kWh. O conjunto híbrido gera 243 cv de potência e um torque máximo robusto de 54 mkgf. Assim, acelera de zero a 100 km/h em 7,9 segundos.


GWM Haval H6 Premium HEV
Oswaldo Ramos/GWM

SUV híbrido é bem recheado

O Haval H6 Premium tem quatro modos de condução, que vão do piso normal ao escorregadio. A bordo há cinco portas USB, carregador de celular sem fio, duas tomadas 12 volts, Head-Up Display de 9″ personalizável e quadro de instrumentos com tela de 10,25″.

A lista de equipamentos, aliás, é bem ampla. Afinal, tem ainda multimídia com tela de 12,3″ e espelhamento sem fio com Apple CarPlay e Android Auto. E o veículo receberá atualizações remotas “pelo ar” (via sistema OTA, sigla de “Over The Air”). Por fim, o SUV tem sistema de GPS para quem não gosta de apps, internet a bordo e teto solar panorâmico.


Outro destaque no Haval H6 são os serviços remotos. Por exemplo, dá para ver pelo celular informações como portas abertas, localização em tempo real e autonomia. Bem como permite comandar ações como abertura e fechamento do teto solar, entre outras funções.

GWM Haval H6 GT
GWM Haval H6 GT PHEV 2023 (Vagner Aquino/Jornal do Carro)

Haval H6 tem até assistente de desvio para evitar batida

E tem toda a parte de segurança. O utilitário tem sistema de condução semiautônoma de nível 2. Ou seja, vem de fábrica com controle de cruzeiro adaptativo (ACC), frenagem automática de emergência (com detector de pedestres e ciclistas), e o monitor de ponto cego.


Além disso, tem assistente ativo de ponto cego, que funciona com o carro desligado, para alertar quem vai desembarcar, e assistente de manobra Full Parking Assist – entra e sai da vaga sozinho. Por fim, um dos recursos avançados da GWM é o “Desvio Inteligente”. O sistema ajuda o motorista a desviar de outro carro ou de um obstáculo à frente se detectar risco de colisão.

O Haval H6 está disponível em seis cores. Para atrair interessados, a GWM anuncia as duas primeiras revisões são grátis, assim como dois anos de internet com Wi-Fi e cobertura total da bateria. E tem o “Tomorrow Assistance”, com carro reserva de cortesia.

*Colaborou Diogo de Oliveira.


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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”