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Hasta la vista, tanquinho
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Hasta la vista, tanquinho

José Antonio LemeQuem nunca se esqueceu de abastecer o reservatório auxiliar de gasolina e se viu em problemas porque o... leia mais

25 de jul, 2013 · 4 minutos de leitura.

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 Hasta la vista, tanquinho

José Antonio Leme

Quem nunca se esqueceu de abastecer o reservatório auxiliar de gasolina e se viu em problemas porque o carro flexível, com o tanque cheio de etanol, demorou a pegar no frio? Para o bem, o problema e o tanquinho estão com os dias contados graças ao recurso que coloca o combustível na temperatura ideal antes de a chave estar na ignição.

Há três sistemas disponíveis no mercado, produzidos por Bosch, Delphi e Magneti Marelli. Eles trazem o mesmo conceito: aquecer o etanol até que o motor atinja o ponto ideal de funcionamento. Nos três, o carro perde o tanque, mas ganha um módulo eletrônico a mais, que comanda a temperatura e tempo do aquecimento. Este módulo traz uma resistência, que transforma a carga elétrica em calor.

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O sistema da Delphi, que atualmente está apenas no JAC J3 Sport, é o único que aquece o combustível diretamente nos bicos da injeção eletrônica, o que exigiu injetores maiores. Tanto Bosch – cuja tecnologia equipa modelos de Citroën, Honda, Peugeot e Volkswagen – quanto Magneti Marelli (que lançará seu sistema no mercado apenas em 2014, provavelmente em um Fiat) trabalham com o aquecimento na galeria de combustível, comumente chamada de flauta.

Essa peça recebe o etanol enviado pela bomba e distribui para os bicos injetores, que não sofreram alterações. A Bosch trabalha com duas gerações. A primeira, que estreou no VW Polo E-Flex, em 2009, tem galeria de aço inox. A segunda, na qual a peça é de plástico, por enquanto está disponível apenas no VW Fox de motor 1.0 três cilindros.


Além do conforto, o sistema gera também economia de combustível e menor emissão de poluentes, pois proporciona melhor queima do etanol, liberando menos hidrocarbonetos na atmosfera. Em todos os casos, o sistema pode ser adaptado conforme o desejo da montadora, podendo iniciar o processo ao abrir a porta do carro, bloqueando a ignição antes de a temperatura ideal ser atingida ou emitindo um aviso visual.

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Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.