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HB20 1.0 Turbo vem para incomodar Up! TSI
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HB20 1.0 Turbo vem para incomodar Up! TSI

Embora sejam carros de segmentos diferentes, preço dos modelos turbinados é próximo

18 de abr, 2016 · 6 minutos de leitura.

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 HB20 1.0 Turbo vem para incomodar Up! TSI
HB20 1.0 Turbo custa R$ 47.445, apenas R$ 855 a mais que o Move Up! TSI (R$ 46.590)

Com o lançamento do HB20 1.0 Turbo, a Hyundai criou um sério obstáculo para as vendas do Volkswagen Up! TSI. Se eles são concorrentes? Não, não são. O subcompacto Up! é 27,5 cm mais curto que o HB20 (3,645 m, ante 3,92 m do modelo sul-coreano). Mas é aí que está o problema. O Up!, embora menor, não é muito mais barato. Enquanto era o único 1.0 turbo do pedaço, não havia problema, porque corria sozinho. Agora, não mais.

O Up! TSI mais barato é o Move, que custa R$ 46.590. Já o HB20 1.0 Turbo Comfort Plus tem preço de R$ 47.445, ou R$ 855 a mais que o TSI. Para um carro de categoria superior, com mais espaço para pessoas e porta-malas bem maior (300 litros, ante 285 l do VW), a balança pende claramente para o Hyundai.

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Em termos de motorização, há alguns pontos em comum: ambos têm três cilindros, bloco de alumínio, comando variável, 12 válvulas, trabalham com pressão máxima de turbo de 0,9 bar e geram os mesmos 105 cv com etanol.

Injeção direta. Mas o motor da Volkswagen leva vantagem pela adoção de injeção direta. Graças à tecnologia mais avançada, entre outros benefícios, o Up! não precisa de tanque auxiliar de partida a frio (ao contrário do HB20). Isso porque o sistema utiliza pressão de injeção muito maior, fazendo com que a combustão se dê mais facilmente, sem necessidade de outros artifícios.

Como comparação, a injeção direta funciona com pressão de 250 bar, contra 4 bar no motor aspirado. De acordo com o engenheiro da Volkswagen Roger Guilherme, “a pressão da injeção direta é a mesma exercida a 2.500 metros abaixo do nível do mar”.


Se há um empate na potência com etanol, com gasolina o Up! leva ligeira vantagem (101 cv, ante 98 cv do Hyundai). Além disso, no Volkswagen a potência máxima ocorre a 5.000 rpm, portanto “antes” da verificada no sul-coreano (6.000 rpm).

Da mesma forma, o VW leva a melhor também no torque (16,8 mkgf, contra 15,0 mkgf no HB20). Nesse caso, ambos dispõem de força máxima em baixa rotação (1.500 rpm no Up!, e 1.550 rpm no HB).

O resultado de tudo isso é que o Up! anda mais e gasta menos. De acordo com dados oficiais, o modelo da Volkswagen faz 0 a 100 km/h em 9,1 segundos. Para a mesma prova, o HB20 precisa de 11,2 segundos (ambos com etanol). Quanto ao consumo, enquanto o Up! faz 16,1 km/l na estrada, o Hyundai faz 14,3 km/l (ambos com gasolina). Claro que o peso inferior do Up! ajuda: são 951 kg, contra 1.068 kg do HB20.


O Up! TSI Move, aliás, é a única versão do Volkswagen que custa menos que o HB20. Fora o Move, o motor turbo está disponível nas versões Cross Up! (R$ 50.490), High Up! (R$ 51.590) e nas coloridas (Black/Red/White Up!), além da Speed Up!, todas a R$ 51.790.Já o HB20 Turbo Comfort Style sai por R$ 51.595.

Além disso, o Hyundai oferece o motor 1.0 turbo também para o HB20 sedã. Nesse caso, os preços são R$ 51.475 para o Comfort Plus e R$ 55.255 para o Comfort Style.

A Volkswagen teve o mérito de sair na frente ao oferecer a opção turbo de três cilindros no Up!, e continua a ter motor mais avançado tecnicamente. Mas vai ter de se mexer para encontrar um antídoto para o avanço do Hyundai.


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Jornal do Carro
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Energia solar se integra ao sistema de recarga do veículo elétrico

Como as placas fotovoltaicas ajudam a realimentar as baterias e a reduzir os custos do consumo de energia?

17 de jun, 2024 · 2 minutos de leitura.

A energia solar tem se mostrado uma ótima alternativa para a recarga de veículos elétricos. Afinal, ela possibilita o carregamento do automóvel em casa ou em outro local com estrutura fotovoltaica.

“É importante observar que o tamanho da bateria do carro pode influenciar diretamente no dimensionamento dos painéis necessários”, diz Fabio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). “Cada modelo possui uma capacidade de armazenamento diferente, o que impacta no sistema ideal para fazer a recarga.”

A eletricidade gerada nos painéis solares está no formato de corrente contínua (CC). Mas a maioria dos aparelhos elétricos usa a chamada corrente alternada (CA). Daí a necessidade do inversor solar. 

Como o nome indica, esse aparelho é responsável por converter a eletricidade em corrente contínua dos painéis em alternada. Dessa maneira, permite que a bateria do carro elétrico seja realimentada.

Vantagens

“Se for superior ao consumo, a energia gerada poderá ser armazenada em baterias. Ou, dependendo do tipo de sistema, é enviada de volta para a rede elétrica”, explica Delatore.

Ele destaca que o número de placas solares está diretamente ligado à potência necessária para o sistema atender às necessidades do local. Quanto mais placas, maior a potência do sistema.

“Dependendo do ponto onde as placas serão instaladas – no telhado, por exemplo –, o espaço disponível pode limitar a quantidade de painéis solares”, afirma.

Além de reduzir as emissões de CO2 associadas à geração de eletricidade, a integração de módulos fotovoltaicos aos carros elétricos diminui os custos e a frequência de recarga das baterias.

Assim, a energia solar baixa os custos de recarga em até 74% em comparação aos veículos com motor a combustão, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).

Veja outras vantagens para recarregar o carro elétrico com painéis solares:

  • Economia. Os custos de carga das baterias podem ser drasticamente reduzidos, chegando a praticamente zero quando se utiliza energia solar.
  • Sustentabilidade. A energia fotovoltaica é renovável e limpa, contribuindo para a redução do impacto ambiental associado ao transporte.
  • Contra aumentos. Em época de estiagem e aumentos nas tarifas de luz, o sistema fotovoltaico ajuda a diminuir os custos.
  • Vida útil. Alguns painéis solares possuem garantia de 12 anos contra defeito de fabricação e 25 anos de garantia de produção linear de energia.

Algumas empresas de logística vão além. Elas estão instalando painéis solares na própria superfície dos veículos elétricos de sua frota. Então, essa tecnologia consegue transferir diretamente a energia para as baterias.