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ID.Buzz chega à fábrica da VW e encontra Kombi de 1961
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ID.Buzz chega à fábrica da VW e encontra Kombi de 1961

Volkswagen junta o ID.Buzz e uma Kombi clássica que faz parte do acervo da fábrica da Anchieta, em São Bernardo do Campo

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

18 de out, 2022 · 8 minutos de leitura.

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ID.Buzz
Kombi T1 1961 que faz parte do acervo de veículos clássicos da VW tem pintura nas cores Vermelho Calipso e Branco Lótus
Crédito:Volkswagen/Divulgação

O ID.Buzz, nome da nova geração da Kombi, não deve chegar ao mercado brasileiro antes de 2024. Enquanto isso, a Volkswagen vem testando o modelo de todas as formas no País. Ou seja, além de avaliações dinâmicas feitas pelo time de engenharia, a empresa avalia o interesse do público pelo modelo. Nesse sentido, a van apelidada de Kombi elétrica foi a estrela do espaço da fabricante no Rock in Rio 2022, por exemplo. Agora, o modelo alemão se encontrou com uma Kombi de 1961. A van nacional faz parte do acervo da VW. Ela fica guardada na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista.

ID.Buzz
Volkswagen/Divulgação

Foi na chamada fábrica da Anchieta que a unidade vermelha e branca da Velha Senhora e o ID.Buzz foram fotografados juntos. Cabe ressaltar que os dois carros têm pintura do tipo saia e blusa. Ou seja, com uma cor até a altura da cintura e outra na parte superior. Assim, a van, bem como seus irmãos ID.3 e ID.4, que também são elétricos, fazem parte da iniciativa Way to Zero. Ou seja, o plano da Volkswagen rumo ao fim das emissões de poluentes por seus veículos.

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Kombi veio ao Brasil nos anos 1950

A ligação da Kombi com o Brasil começou em 1950. Portanto, logo depois do lançamento na Alemanha. No País, foi adotado um apelido, uma vez que o nome original do modelo é Kombinationsfahrzeug, que significa veículo combinado. Ou seja, em alusão à capacidade multiuso. Inicialmente, o carro era feito na Alemanha e vinha ao País por meio de navio. Porém, em 1953 a Volkswagen resolveu montar a van aqui,

Assim, as unidades chegavam desmontadas. Esse sistema é conhecido como CKD. Depois, em 2 de setembro de 1957, a Kombi passou a ser montada no Brasil com 50% de peça produzidas no País. Portanto, trata-se do primeiro modelo da marca fabricado aqui. E também o primeiro Volkswagen feito fora da Alemanha.

Volkswagen/Divulgação

A Kombi foi o veículo que ficou por mais tempo em produção no planeta. Nada menos que 56 anos. Além disso, o Brasil foi último país a deixar de produzir o modelo. A unidade derradeira deixou a linha de montagem da fábrica da Anchieta no dia 19 de dezembro de 2013. Até então, mais de 1,56 milhão de unidades foram produzidas no País, segundo informações da VW.

Evolução tímida

Nesse meio-tempo, a linha cresceu e passou a oferecer versões para vários tipos de uso. Isso inclui picapes com cabine simples e dupla, bem como furgão, para o setor de transporte de carga. Porém, a mais longeva foi a configuração Standard, para passageiros. Os motores também evoluíram e ganharam, por exemplo, versões a diesel e flexível, esta exclusiva para o mercado brasileiro.

Em relação ao visual, a primeira geração ficou conhecida como “Corujinha”. O apelido faz referência ao desenho criado nos anos 1940 e marcado por um grande vindo em forma de “V” na dianteira. Assim, lembrava o bico de uma coruja. Além disso, o par-brisa bipartido remetia a um par de olhos.


Em 1976 a Kombi recebeu uma atualização de estilo que foi mantida até o fim da produção. No geral, as linhas da carroceria ficaram mais quadrada e sem tantos vincos. A terceira geração, batizada de Type 2 ou Transporter, era feita na Europa e não foi vendida no Brasil. Aliás, como a Kombi evolui pouco desde o seu lançamento no País, não podia receber air bags e freios ABS. A obrigatoriedade desses itens nos carros feitos no Brasil a partir de janeiro de 2014 decretou o encerramento da fabricação do modelo.

Volkswagen/Divulgação

ID.Buzz tem mais de 200 cv

Porém, na Europa a história é outra. Assim, em 2015 surgiram as primeiras informações sobre a criação de uma Kombi elétrica. O resultado é o ID.Buzz, que, diferentemente do Transporter, não tem versão com motor a combustão. O modelo 100% elétrico tem pacote de baterias de íons de lítio de 82 kWh sob o assoalho. Por sua vez, o motor é instalado no eixo traseiro, tem potência equivalente a 201 cv e torque de 31,6 mkgf. Além da versão para passageiros há opção para carga, que utiliza o mesmo conjunto.


ID.Buzz
Volkswagen/Divulgação

Feita sobre a MEB, de veículos elétricos da Volkswagen, o ID.Buzz conta com vários recursos modernos. Há, por exemplo, sistema semiautônomo de condução. Bem como faróis com assinatura de LEDs, em que um filete liga as duas peças, assim como o do SUV Taos. As lanternas traseiras têm o mesmo recurso. Além disso, há portas corrediças dos dois lados da carroceria, que mede 4,71 metros de comprimento.

Na cabine, um dos destaques é o painel digital, que segue o padrão dos demais modelos da família ID. Ou seja, há tela central de 10 polegadas de série e opcional de 12″. O quadro de instrumentos, de 10″, é totalmente configurável. Já os revestimentos e vários componentes são feitos de materiais recicláveis. É o caso de tapetes, painéis de portas e frontal, por exemplo.



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