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IPVA 2023 em Minas Gerais terá cobrança a partir de março
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IPVA 2023 em Minas Gerais terá cobrança a partir de março

Secretaria do Estado da Fazenda divulgou calendário de pagamento do IPVA 2023; imposto poderá ser quitado à vista ou parcelado em até três vezes

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

29 de dez, 2022 · 4 minutos de leitura.

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IPVA trânsito
Aumento foi o menor nos últimos 4 anos
Crédito:Nilton Fukuda/Estadão

O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) em Minas Gerais será cobrado só a partir de março. Em 2023, o tributo anual, recolhido por proprietários de veículos, seguirá o calendário de 2022 e, assim, vai até maio para quem optar pelo parcelamento em até três vezes. A Secretaria do Estado da Fazenda divulgou, nesta semana, o calendário de pagamento. Os vencimentos seguem de acordo com a placa do veículo.

IPVA
Sefaz MG/Reprodução

Do mesmo modo, a SEF-MG divulgou os valores de base de cálculo para que o IPVA possa ser cobrado. Nos veículos 0km, prevalece o valor da nota fiscal. Já para os usados, desde 2008, o levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) serve como referência. Desse modo, leva-se em conta a média de mercado apurada no exercício anterior.

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Bem como neste ano, o IPVA 2023 dará até 6% de desconto para quem pagar o imposto à vista. Afinal, além dos 3% para os contribuintes que optarem pela parcela única, tem ainda outros 3% para quem quitou o tributo em dia nos dois anos anteriores.



Alíquotas

A alíquota em Minas Gerais oscila entre 1% e 4% sobre o valor do veículo. Confira:

  • 4% para automóveis, veículos de uso misto e utilitários, caminhonetes cabine estendida e dupla
  • 3% para caminhonetes de carga (picapes) e furgões
  • 2% para veículos de transporte público como táxis, escolares, bem como motocicletas
  • 1% para veículos de locadoras (pessoa jurídica)

O Governo mineiro ainda não informou se a taxa de licenciamento permanecerá igual em 2023. A princípio, em 2022, o valor do tributo ficou em R$ 135,95, com vencimento em 31 de março. O seguro DPVAT também fica de fora da lista de gastos do contribuinte em 2023. Afinal, o presidente Jair Bolsonaro (PL) assinou Medida Provisória nº 1.149 que confirma a continuidade do benefício, entretanto, sem cobranças.


Pagamento

O pagamento do IPVA deverá ser feito em bancos credenciados a receber tributos e outras receitas estaduais. Para tanto, há duas formas. A primeira delas, sem o guia de arrecadação, basta informar o código Renavam (consta no documento do veículo).

Por fim, também dá para quitar o IPVA 2023 por meio do Documento de Arrecadação Estadual (DAE). O documento fica disponível no Sistema Integrado de Administração da Receita (Siare).

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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”