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IPVA 2024 em SP vai ter valores menores
Legislação

IPVA 2024 em SP vai ter valores menores

Com a redução dos preços médios dos carros usados, IPVA 2024, que deve manter as regras de anos anteriores, vai ficar mais barato que em 2023

Tião Oliveira

27 de out, 2023 · 10 minutos de leitura.

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ipva 2024
No levantamento feito pelo Jornal do Carro, preços dos usados ficaram, em média, 8,57% mais baixos
Crédito:Detran-RS/Divulgação

O IPVA 2024 em São Paulo terá valores menores que os cobrados em 2023. Isso porque os carros usados ficaram mais baratos neste ano. Assim, levantamento feito pela Mobiauto a pedido do Jornal do Carro mostra redução de preços de, em média, 8,57%. Embora o estudo não abranja todos os modelos registrados no Estado, em 25% dos veículos listados a retração passa dos 10% – veja detalhes abaixo.

Porém, os valores poderiam ser ainda mais baixos. Conforme o consultor da ADK Automotive, neste momento a tendência de queda se mantém. Sobretudo por causa de promoções para o zero-km. “Quando a tabela do novo sobe, o preço do usado acompanha, mas isso leva um tempo”, diz. Porém, de acordo com ele, se a tabela baixa, o valor do seminovo cai imediatamente.



Regras do IPVA 2024 em SP serão mantidas

Assim, quando a apuração de preços do IPVA 2024 foi feita, os carros estavam mais caros do que agora. Conforme a Secretaria da Fazenda e Planejamento de São Paulo, a pesquisa ocorre em setembro. Além disso, a Sefaz-SP informa que as regras não devem mudar em relação às de 2023. Ou seja, a tabela que serve de base para a cobrança do IPVA 2024 deve ser divulgada na primeira quinzena de novembro.

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Da mesma forma, para automóveis registrados no Estado de São Paulo a alíquota será de 4% sobre o valor venal. Além disso, a regra vale para veículos com motor a gasolina, eletricidade, flexíveis, a diesel ou qualquer outro tipo de combustível. Entretanto, para caminhonetes de cabine simples (com capacidade para até 3 ocupantes), ônibus e motocicletas, a taxa será de ​2%. De acordo com as regras, no caso de caminhões o IPVA 2024 equivalerá a 1,5%. Por fim, donos de veículos para locação deverão recolher imposto de 1% sobre a tabela.

Isenções continuam valendo

Assim, para um automóvel com valor de R$ 40 mil, por exemplo, o imposto integral será de R$ 1.600. Porém, o IPVA 2024 poderá ser pago à vista, com e sem desconto, e em até cinco parcelas, mas sem desconto. Assim, o contribuinte que optar pela quitação integral, em janeiro, terá direito a abatimento de 3% sobre o valor total. Seja como for, quem preferir o fracionamento também deverá pagar a primeira parcela em janeiro. Além disso, será possível recolher o valor integral em fevereiro. Entretanto, nesse caso não haverá desconto.I

Assim como nos anos anteriores, da cobrança do IPVA 2024 vão ficar de fora os veículos feitos há 20 anos ou mais. Em outras palavras, de 2004 para trás. Da mesma forma, em São Paulo a isenção continuará valendo para táxis, carros de PCDs e veículos oficiais. Seja como for, cabe lembrar que cada Estado tem suas regras próprias acerca das isenções. Bem como em relação às taxas e datas de pagamento.


Inadimplência bloqueia CLVR

Assim, no caso de São Paulo o contribuinte que resolver fracionar o IPVA 2024 precisa tomar cuidado. Afinal, se perder o prazo de pagamento de qualquer parcela, terá de quitar o saldo remanescente à vista. Além disso, haverá cobrança de multa de 0,33% por dia de atraso e juros de mora com base na taxa Selic. Conforme a Sefaz-SP, após 60 dias o percentual sobe para 20% do valor do imposto. Ou seja, de acordo com a lei do IPVA (nº 13.296), de 2008.

Da mesma forma, quem não quitar o imposto receberá uma notificação. Seja como for, isso ocorre após o fim do prazo de parcelamento. Portanto, em São Paulo isso deve começar a ocorrer entre junho e julho. Afinal, o vencimento da última das cinco parcelas do IPVA 2024 será em maio. Além disso, a fala de pagamento implica bloqueio do licenciamento do veículo.

Portanto, será impossível emitir o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos (CLRV). Além disso, o contribuinte comete infração gravíssima. Ou seja, fica sujeito a multa de R$ 293,47, além de 7 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Da mesma forma, há risco de apreensão do veículo. Assim, será preciso pagar pela remoção e as diárias de ocupação do pátio do Detran.


Lista tem de cálculo do IPVA 2024 tem usados de vários anos

Como resultado, o nome do contribuinte pode ser incluído na Dívida Ativa do Estado. Além disso, passará a figurar na lista do do Cadin Estadual. Ou seja, o Cadastro Informativo de Créditos Não Quitados de Órgãos e Entidades Estaduais. Assim, para saber o valor do IPVA 2024 basta informar o número do Registro Nacional de Veículo Automotor (Renavam). Ademais, o pagamento do IPVA 2024 poderá ser feito pela internet, em apps e terminais bancários de autoatendimento ou lotéricas, por exemplo.

Seja como for, o Jornal do Carro queria saber se o valor do IPVA 2024 irá subir ou baixar. , pedimos que o pessoal da Mobiauto comparasse os preços médios dos usados em setembro de 2023 com os de setembro de 2022. Afinal, neste mês do ano é feita a pesquisa que gera a tabela usada como base para a cobrança do imposto. Portanto, elegemos 25 dos modelos mais emplacados e transferidos no Brasil. Assim, nossa lista reúne carros feitos de 1998 a 2021, incluindo alguns que já saíram de linha.

Os mais transferidos

Redução de até 7%

VWGolCL 1.6 MT19886.1336.7169,51%
FiatPalioEconomy 1.0 Fire MT 4p201429.65729.557-0,34%
FiatUnoAttractive 1.0 Fire 5p MT201537.66037.215-1,18%
HyundaiHB20Evolution 1.0 12V TB AT202077.21974.357-3,71%
FiatToroFreedom 1.8 16V AT6201895.43690.113-5,58%
ChevroletS10 CDLT 2.8 TDI 4×4 MT2013114.980108.327-5,79%
ChevroletOnix1.0 12V LT MT202069.11564.767-6,29%
HondaCivicEXL 2.0 16V AT2019120.113112.113-6,66%
FordEcoSportFreestyle 1.5 12V AT201876.35971.015-7,00%

Redução de até 10%

VWPoloComfortline 200 TSI AT202085.67379.300-7,44%
VWNivusComfortline 200 TSI AT2021112.905104.501-7,44%
VWT-CrossComfortline 200 TSI AT2021117.344108.443-7,59%
JeepRenegadeLongitude 1.8 16V AT201781.98975.557-7,84%
HyundaiCretaPulse 1.6 16V AT201891.65983.998-8,36%
ToyotaCorollaAltis 1.8 16V Hybrid AT2020151.458138.789-8,36%
ToyotaCorolla CrossGR-Sport 2.0 AT2022160.768146.700-8,75%
ChevroletTrackerLTZ 1.2 12V Turbo AT2021117.642107.333-8,76%
HondaHRVEXL 1.8 16V AT2018104.92295.672-8,82%
JeepCompassLimited 2.0 16V AT2019136.988123.999-9,48%
NissanKicksSV 1.6 16V AT2021105.78895.558-9,67%

Redução acima de 10%

ToyotaHilux CDSRX 2.8 TDI 4×4 AT2018233.905209.789-10,31%
FiatMobiLike 1.0 Fire MT202155.44649.678-10,40%
FiatStrada CDEndurance 1.4 8V MT202196.34284.678-12,11%
HondaCityLX 1.5 16V AT201882.65872.328-12,50%
FordRanger CDXLS 2.2 Diesel AT 4×42020186.789159.878-14,41%
Fonte: Mobiauto

Assim, a ordem da lista é da menor para a maior desvalorização. Aliás, apenas um dos contemplados teve variação positiva no preço. Ou seja, o Volkswagen Gol CL 1.6 feito em 1988. Contudo, isso é considerado normal. Afinal, os quase 10% de diferença correspondem a menos de R$ 600. Ou seja, o equivalente a pouco mais de três tanques de etanol.


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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”