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Licenciamentos em 2016 superam 2 milhões de veículos
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Licenciamentos em 2016 superam 2 milhões de veículos

Dezembro foi mês de melhor desempenho desde agosto de 2014; Anfavea projeta alta de 4% para 2017

05 de jan, 2017 · 4 minutos de leitura.

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 Licenciamentos em 2016 superam 2 milhões de veículos

O ano de 2016 foi difícil para o setor automotivo, mas os últimos dois meses já deram sinais de recuperação que permitem prever um 2017 um pouco mais generoso. Esse foi o tom da coletiva em que a Anfavea divulgou os números consolidados de 2016 e fez suas apostas para 2017, que incluem variações positivas na produção, licenciamentos e exportações de veículos.

Os licenciamentos de dezembro de 2016 somaram 204,3 mil unidades, 14,7% a mais que no mês anterior. Foi o melhor mês isolado desde agosto de 2014. A média diária chegou a bons 9.291 carros.

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Isso ajudou a fechar o consolidado do ano com 2.050.317 veículos emplacados, ante 2.568.976 em 2015 – uma queda de 20,2%. Essa retração foi mais acentuada nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que sentiram mais o baque da crise econômica do País.

As exportações em dezembro foram de 62.900 unidades, alta de 11% sobre novembro e de 36,1% ante dezembro do ano anterior. No ano, o total foi de 520,3 mil carros, resultado 24,7% maior que o de 2015.

Em termos de produção, dezembro foi o segundo mês do ano com mais de 200 mil carros fabricados – o primeiro foi novembro – e garantiu alta de 40,6% sobre dezembro de 2015. O acumulado, de 2.157.379 unidades, é 11,2% inferior a 2015.


O último mês de 2016 deixou um estoque de 176.200 carros nos pátios.Isso dá para 26 dias, considerando o ritmo de dezembro, e algo entre 30 e 32 dias, na velocidade de vendas de janeiro, habitualmente mais lenta. É o menor estoque desde setembro de 2009 e reflete o esforço das montadoras de reequilibrarem seus estoques.

Os empregos no setor automotivo mantiveram a trajetória de queda, com 121,3 mil postos de trabalho. Trata-se de baixa de 1,7% ante novembro (123.271 mil) e 7,1% em relação a dezembro passado (130,5 mil). Demissões e programas de desligamento voluntário em algumas montadoras ajudam a explicar esses resultados.

Previsões otimistas. Para 2017, as projeções da Anfavea são alentadoras. A entidade espera ver uma alta de 11,9% na produção, com 2,413 milhões de veículos fabricados.


Para os licenciamentos, a variação positiva projetada é de 4%, com 2,133 milhões de unidades emplacadas. Nas exportações, vislumbra-se aumento de 7,2% sobre 2016, com cerca de 558 mil exemplares no ano.

“Se nossas previsões se mostrarem erradas, esperamos que seja porque o mercado se recuperou em ritmo ainda maior que o imaginado”, disse o presidente da Anfavea, Antonio Megale.


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Jornal do Carro
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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”