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Lucro médio da BYD por carro equivale a um sétimo do da Tesla
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Lucro médio da BYD por carro equivale a um sétimo do da Tesla

BYD tem lucro médio equivalente a R$ 6.200 por carro vendido no mercado chinês, enquanto Tesla ganha mais de R$ 40 mil

Vagner Aquino, especial para o Estadão

11 de abr, 2024 · 4 minutos de leitura.

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BYD
BYD vendeu 2.706.075 carros na China em 2023
Crédito:Alex Silva/Estadão

Apesar de ter ultrapassado a Tesla nas vendas globais deste primeiro trimestre de 2024, a BYD tem menor lucratividade que a empresa do bilionário Elon Musk. De acordo com números da Late Finance, publicados em portais de notícias chineses, como o Car News China, a marca tem um lucro médio de 9.000 yuans (cerca de R$ 6.200, na conversão direta) por carro vendido. Enquanto isso, a fabricante norte-americana lucra o equivalente a cerca de R$ 41 mil por unidade. O cenário considera o ano de 2023.



Dessa forma, a BYD aparentemente busca se consolidar no mercado e globalizar a marca, hoje ainda concentrada no mercado chinês. Para isso, parece priorizar o volume de veículos em vez da lucratividade. Isso explica porque a montadora pratica preços tão competitivos. Por exemplo, o Dolphin EV, um dos elétricos mais vendidos do País, estreou no meio de 2023 e obrigou a concorrência a reposicionar todos os preços. O fenômeno foi chamado de “efeito Dolphin“.

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Em números, enquanto a líder BYD vendeu 2.706.075 carros na China em 2023, a Tesla comercializou quase cinco vezes menos: 603.664 modelos. Deste modo, embora o lucro médio por carro fique abaixo da sua principal concorrente, os números altos aumentam a lucratividade da marca chinesa. Só no Brasil, de acordo com dados da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), foram vendidos 17.947 carros da marca chinesa.

Nesse sentido, as reservas de caixa da BYD aumentaram oito vezes desde o fim de 2019. Até 2021, contudo, o lucro líquido por veículo vendido era negativo.

Preços ainda menores

A partir de agora, a situação deve avançar ainda mais, afinal, desde o começo do ano, a BYD intensificou essa “guerra de preços”. A ideia é oferecer veículos elétricos mais baratos que os modelos a combustão no mercado chinês. Isso, em síntese, também respinga em outros países, como o Brasil, por exemplo, onde o Dolphin Mini tem preço de hatch compacto com motor flex.


Agora, resta saber quando a BYD vai bater seu próprio recorde e vender além das 300 mil unidades que emplacou, na China, em dezembro de 2023.

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