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Motor V8 Hemi da Stellantis terá 6 cilindros de 500 cv como sucessor
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Motor V8 Hemi da Stellantis terá 6 cilindros de 500 cv como sucessor

Com o fim próximo do V8 Hemi, Stellantis prepara versão mais potente do Hurricane de 6 cilindros; grupo promete novo motor de 4 cilindros

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

23 de out, 2023 · 4 minutos de leitura.

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motor hurricane stellantis
Motor Hurricane terá versão mais potente de até 520 cv
Crédito:Divulgação/Stellantis

Em 2022, a Stellantis apresentou um novo motor de 6 cilindros batizado de Hurricane. O propulsor, aliás, será o sucessor definitivo do já conhecido V8 Hemi. Para essa missão, o 3.0 de 6 cilindros conta com duas versões diferentes. Na configuração padrão (SO), ele entrega 400 cv de potência e 62,2 mkgf de torque. Já na versão mais potente (HO), chega a 500 cv e 65,6 mkgf. Seja como for, a novidade é que o grupo prepara uma variante mais robusta do Hurricane. Até o momento, o grupo não divulgou nenhuma informação. No entanto, segundo o portal Automotive News, o novo motor pode chegar a 520 cv.

Em uma recente conferência sobre eletrificação em Detroit (EUA), a Stellantis confirmou que ainda vai investir em motores de combustão interna. Aliás, o vice-presidente sênior e chefe de sistemas globais de propulsão, Michael Bly, mencionou que o novo propulsor Hurricane será bem mais robusto e terá mais potência. Com isso, é capaz de que ele esteja presente no novo Charger, por exemplo. Afinal, a Stellantis ainda aposta em seus mucle cars a combustão.



motor hurricane stellantis
Motor Hurricane – Divulgação/Stellantis

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Motor Hurricane terá mais versões

Mas não para por aí. De acordo com o Bly, haverá mais uma versão do motor Hurricane. No entanto, não será mais de seis cilindros. Dessa forma, a linha vai contar com o propulsor 2.0 de quatro cilindros. Ele, aliás, será similar ao Hurricane 4, presente no Brasil em modelos como Jeep Wrangler e Ram Rampage, por exemplo. Por fim, o grupo também promete um motor de três cilindros ainda menor, que pode surgir da base do já conhecido Firefly.

Divulgação/RAM

Por fim, embora os rumores, o Hurricane não vai substituir o Pentastar V6. De acordo com Bly, a Stellantis quer permanecer com esse motor por ser “muito bom, de baixo custo, sólido como uma rocha e de alta qualidade”. Dessa forma, espera-se apenas que ele passe por uma eletrificação no futuro. No entanto, não há previsões de datas. A aposta faz sentido, já que o grupo investiu US$ 24,7 milhões na fábrica de Trento, em Michigan, onde o Pentastar é feito.


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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”