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Na China, novo Nissan Sentra e-Power híbrido faz mais de 25 km/l
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Na China, novo Nissan Sentra e-Power híbrido faz mais de 25 km/l

Chamado de Sylphy na China, Nissan Sentra e-Power pode ser opção para o Brasil; tal como no Kicks, motor a combustão alimenta o elétrico

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

03 de jan, 2023 · 4 minutos de leitura.

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Nissan
Design do Sentra e-Power é praticamente igual ao do modelo a combustão
Crédito:Internet/Reprodução

Enquanto o Brasil aguarda o lançamento do Kicks e-Power, a Nissan lançou, na China, o segundo modelo da linha híbrida da marca. Tal como o SUV compacto, o novo Sentra usa um motor elétrico para tracionar as rodas, e tem outro motor pequeno, a gasolina, que serve como gerador para alimentar as baterias e o conjunto elétrico. Assim, o sedã médio – chamado de Sylphy no mercado chinês – entrega consumo de 25,15 km/l e alcança 1.200 km com o tanque cheio.



O Sentra e-Power, em síntese, tem motor 1.2 aspirado de três cilindros e 72 cv. Apesar do número baixo, a potência é suficiente para alimentar o motor elétrico de 100 kW (136 cv). O torque é de 30,5 mkgf. Com o conjunto, o sedã vai de zero a 100 km/h em 8,6 segundos.

Esses números devem ser diferentes caso o modelo chegue ao Brasil. Aqui, terá alimentação flexível. Logo, números de potência e torque serão maiores. Por outro lado, o consumo também será maior – como é praxe com o combustível vegetal.

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Esteticamente, o Nissan Sylphy e-Power é igual ao modelo “normal” com motor 2.0 a gasolina de 147 cv. Ou seja, o novo Sentra exibe a nova identidade visual da marca, com linhas mais angulosas e dianteira mais baixa, dentro do conceito V-Motion. Além disso, tem rodas diferenciadas, teto da cor da carroceria e, na traseira, o e-Power na tampa do porta-malas.

Nissan
Internet/Reprodução

Sentra e-Power no Brasil?

Especulações apontam que o Sentra híbrido deverá vir ao Brasil importado do México. A Nissan cogita lançar a tecnologia e-Power no País desde 2021. Entretanto, o lançamento vem sendo postergado desde então. Mas, no fim de agosto do ano passado, a Nissan confirmou que vai trazer o sistema híbrido para a América do Sul em 2023.


“Não vou dizer em qual país e qual modelo virá. Apenas que chega em 2023”, disse, na ocasião, Ricardo Flammini, vice-presidente de marketing, vendas e pós-vendas da Nissan América do Sul. No entanto, tudo leva a crer que a estreia será com o Kicks, já em versão flex. O SUV híbrido pode, inclusive, ter fabricação no Brasil.

Nissan
Nissan/Divulgação

Além disso, a Nissan vem investindo no desenvolvimento de uma célula a combustível a etanol. O sistema, chamado de SOFC, gera hidrogênio a partir do combustível vegetal. A solução foi apresentada nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. De acordo com a montadora, as pesquisas continuam a todo vapor. Uma coisa é certa: a Nissan investirá em modelos eletrificados. É o caminho natural para quem quer zerar as emissões de carbono.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.