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Nissan Ariya 100% elétrico é confirmado para o Brasil, mas deve demorar
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Nissan Ariya 100% elétrico é confirmado para o Brasil, mas deve demorar

Nissan Ariya tem visual moderno e plataforma do primo Megane E-Tech; SUV elétrico é feito no Japão e prioridade são China, EUA e Europa

Vagner Aquino, especial para o Estadão

29 de out, 2023 · 4 minutos de leitura.

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Salão de Tóquio 2023 Nissan Ariya elétrico
Nissan Ariya elétrico é confirmado para o Brasil em 2024 no Salão de Tóquio
Crédito:Diogo de Oliveira/Estadão
Nissan Ariya elétrico é confirmado para o Brasil em 2024

A Nissan planeja ampliar a oferta de carros elétricos no mercado brasileiro. Assim, o SUV Ariya será importado para o Brasil. A informação partiu de executivos da fabricante durante o Salão de Tóquio (Japan Mobility Show 2023). Entretanto, não há data definida e o modelo pode demorar a desembarcar por aqui.

É o que afirmou o presidente de marketing e vendas para a Nissan América do Sul, Gerardo Fernández Aguilar, ao dizer que “a questão não é se vem, mas quando”. Para o executivo, “não adianta lançar o SUV para atender somente clientes de São Paulo, ou de algumas regiões de um País”. Aguilar referiu-se à infraestrutura para os carros elétricos, que ainda é mínima por aqui.

Mas não é só isso. No momento, a produção do Nissan Ariya, que é feito Tochigi, no Japão, é pequena e insuficiente para abastecer vários mercados pelo mundo. E a prioridade são os países mais ricos, onde a rede de carregadores já é bem maior.

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Salão de Tóquio 2023 Nissan Ariya elétrico
Diogo de Oliveira/Estadão

O Ariya

Ainda sem estimativa de preços, o SUV tem como destaques visuais os faróis afilados e o painel dianteiro que fica no lugar da grade. A lanterna se apresenta em uma única peça. A carroceria tem pintura em dois tons e, por fim, as rodas têm 20″. Em medidas, tem 4,65 m de comprimento e 2,77 metros de entre-eixos.

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Por dentro, a princípio, o Ariya tem duas telas (12,3 polegadas cada) no painel. Nada de botões poluindo o visual interior, é a ideia do novato. Em síntese, tecnologias como Apple CarPlay, Android Auto e integração com assistente Alexa, da Amazon, estão presentes. Ainda em conteúdo de série, tem sistema de assistência ao motorista (ProPILOT Assist 2.0) e o pacote Nissan Safety Shield 360, voltado à tecnologias de segurança.


Salão de Tóquio 2023 Nissan Ariya elétrico
Diogo de Oliveira/Estadão

Na mecânica, o modelo feito sobre a plataforma da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi CMF-EV tem tração dianteira, motor de 215 cv e torque máximo de 30,5 mkgf. A responsável pela autonomia de 320 km é a bateria de 65 kWh.

Na versão topo há um motor em cada eixo e 395 cv de potência combinada – 61,2 mkgf de torque. A unidade de 90 kWh garante autonomia máxima de 480 km. Este conjunto também está disponível como opcional para o modelo mais básico. Nesta configuração tem, portanto, tração integral.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.