Você está lendo...
Nova Hilux? Toyota registra no Brasil patentes da picape Tacoma
Notícias

Nova Hilux? Toyota registra no Brasil patentes da picape Tacoma

Picape da Toyota é vendida nos EUA, mas servirá de base para a Hilux, que deve chegar ao Brasil no ano que vem; picapes terão versão híbrida

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

26 de jan, 2023 · 3 minutos de leitura.

Publicidade

Hilux
Tacoma será feita com base na plataforma modular TNGA-F
Crédito:INPI/Reprodução

A Toyota registrou no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) os desenhos industriais da nova geração da Tacoma. Entretanto, a montadora não venderá no Brasil a picape média destinada aos Estados Unidos. Os registros foram feitos para proteger a propriedade intelectual do modelo, e antecipam o visual – até então inédito – da picape. Mas nada foi ao acaso: a Tacoma servirá de base para a nova Hilux, que estreia por aqui em 2024.

Hilux
INPI/Reprodução

Especulações apontam que as novas Hilux e Tacoma terão produção unificada. Contudo, nada foi confirmado até o momento pela Toyota. Se a previsão se confirmar, ambas irão compartilhar visual e mecânica, incluindo uma opção híbrida. Seja como for, é provável que o atual motor 2.8 turbo diesel da Hilux feita na Argentina continue disponível.

Publicidade


Da mesma forma, espera-se que a Tacoma seja feita sobre a plataforma modular TNGA-F. Ou seja, a Hilux de nova geração adotará a mesma arquitetura.



Visual

Dá para notar nas patentes que o visual dianteiro da nova Tacoma lembra bastante o da irmã maior Tundra, também disponível nos EUA. Inclusive, os faróis de neblina integrados, na parte inferior do para-choques, são quase idênticos.

INPI/Reprodução

Na traseira, as lanternas mantém o formato vertical que domina a categoria de picapes médias. Destaque para os frisos que saem das lanternas em direção às caixas de roda. No vidro traseiro, nota-se uma pequena janela basculante.

Especulações apontam que a nova Tacoma terá duas opções de motor. Para as versões de entrada, um quatro cilindros turbo de 2,4 litros disponível no SUV Highlander. Este gera 265 cv e 42,7 mkgf. E para as versões de topo de linha, está cotado o motor 2.4 quatro cilindros da geração atual, mas com um conjunto híbrida. Esta opção já está disponível no Lexus RX 500h, por exemplo, em versões com 366 cv e 56 mkgf, ou 340 cv e 40,8 mkgf.

O Jornal do Carro está no Youtube

Inscreva-se

Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”