Em outubro de 2020, patentes revelaram o visual sóbrio que a Honda escolheu para a 11ª geração do Civic. De lá para cá, o modelo – que foi apresentado oficialmente em abril deste ano – causou frisson nos amantes da marca. Sua mais recente revelação, todavia, é a estreia na Ásia. Na Tailândia, o sedã terá até uma versão esportiva RS, de apelo visual. E, no Japão, a partir de outubro, chega às lojas na configuração hatch.
Contudo, antes de relembrar os detalhes e falar sobre os preços do novo Civic lá fora, vale comentar sobre a possibilidade de chegada ao Brasil. O sedã médio – que estreou primeiro nos EUA, onde é feito – ainda não tem confirmação pela fabricante por aqui. “A Honda não comenta sua estratégia futura de negócios”.
Esta foi a resposta padrão da montadora ao Jornal do Carro quando questionada sobre a produção e comercialização local. O fato é que o sedã terá a nova geração no Brasil. O que não se sabe, entretanto, é se o novo Civic virá importado, ou se será feito localmente na fábrica da Honda em Itirapina (SP). Mas, a tendência é que passe a vir do exterior.
Motorização e preços
No país sede das Olimpíadas de 2021, o novo Civic passará a ser vendido no dia 3 de setembro. A configuração hatch terá apenas motor 1.5 turbo de 182 cv e 19 mkgf de torque. Como a marca adiantou no lançamento: nada de híbrido. O câmbio é manual de seis marchas. Há, ainda, a opção CVT com aletas atrás do volante. Nas versões LX e EX, o novo Civic parte de 3,19 milhões de ienes (pouco mais de R$ 151,4 mil, na conversão direta).
Na Tailândia, entretanto, o Civic (versão sedã) tem recalibração do motor 1.5 turbo e, nesse sentido, gera 178 cv. O torque fica na mesma faixa. Em relação aos custos, o modelo chega por 964,9 mil (quase R$ 150 mil). Cabe lembrar que esta é a mesma faixa de preços que o modelo pratica por aqui. Em cinco versões de acabamento (LX, Sport, EX, EXL e Touring), preços vão de R$ 119,8 mil a R$ 163,2 mil.
Características do Civic 11
A 11ª geração do Civic apostou, em suma, na identidade visual minimalista. De acordo com a Honda, a filosofia por trás da nova geração chama-se “Máximo Homem/Mínimo Máquina”. Em síntese, os designers buscaram criar um veículo premium com design “limpo”.
Com capô ampliado, menor linha de para-brisa e 3 cm a mais de comprimento (4,67 metros, no total), o Civic abandonou as linhas arredondadas. Ganhou, dessa maneira, aspecto mais quadradão.
Os faróis são iluminados por LEDs, entretanto, mais finos e horizontais – assim como a grade dianteira. Na parte de trás, as lanternas são bem mais simples que a geração 10. Têm posição horizontal. A tampa do porta-malas, nesse ínterim, ficou levemente mais alta. A Honda explica, todavia, que a parte de trás aumentou 1,3 cm. O objetivo, por fim, é melhorar a estabilidade.
Em medidas, o entre eixos (2,73 m) ficou 3 cm maior. Te, ainda, 1 cm extra de largura (1,80 m) e 15 mm a menos na altura (1,415 m). A grande “mancada” da Honda, a princípio, foi diminuir o porta-malas. logo na catogoria de sedãs, onde a clientela busca, justamente, espaço para bagagens, a fabricante japonesa tirou mais de 100 litros do Civic de 11ª geração. Caiu, no entanto, de 525 litros para 419 l.
Próximos passos no Brasil
Para o Brasil, a Honda prepara o lançamento da nova geração do City, sua grande aposta para os próximos anos. Pela primeira vez, o compacto terá carrocerias hatch e sedã. Assim, ocupará a lacuna do Civic atual, enquanto o novo virá importado a partir de 2022 com outro posicionamento de preços. Também no início do ano que vem, a marca japonesa lança o novo HR-V. E a base do City 2022 terá novos SUVs. Ou seja, a Honda vai concentrar esforços nos segmentos mais promissores.