Em fevereiro deste ano, a Honda revelou a nova geração do HR-V. Mas somente agora a marca japonesa liberou mais imagens do SUV compacto. A divulgação ocorre às vésperas do início das vendas na Europa, previsto para o fim deste ano. Assim, as fotos são da versão híbrida e:HEV, que faz até 18,5 km/l com gasolina – e é esperada também no Brasil.
Por aqui, o novo Honda HR-V começa a ser feito já no início de 2022 na fábrica de Itirapina (SP), e, assim, chegará às lojas do País logo no primeiro trimestre do ano que vem, por volta do mês de março.
Completamente reformulado, a expectativa é de que o novo HR-V suba de patamar. Ou seja, o SUV deverá ficar mais caro, para disputar vendas até com o Toyota Corolla Cross, um dos destaques de 2021. Para tanto, a versão híbrida será um trunfo importante e deverá ser convertida a flex para beber etanol. Porém, o HR-V e:HEV deve ficar para depois.
De início, é esperado que o SUV compacto da Honda mantenha a atual oferta de motores. Dessa forma, terá o 1.8 16V flex de até 140 cv nas versões de entrada, bem como deverá manter o 1.5 turbo de 173 cv na opção topo de linha Touring. Da mesma forma, o HR-V manterá o câmbio automático do tipo CVT com simulação de marchas e borboletas no volante.
E os preços?
Embora ainda seja cedo para falar de valores, o novo Honda HR-V deverá seguir a tendência vista com outros SUVs compactos, como a nova geração do Hyundai Creta. Ou seja, custará entre R$ 110 mil e R$ 160 mil. O preço mais elevado se justificará com a oferta de tecnologias semiautônomas do pacote Sensing, como controle de cruzeiro adaptativo, por exemplo.
Híbrido até 2024
A exclusividade da Toyota com o sistema híbrido flex no mercado brasileiro não vai durar muito. A Honda já tem a sua mecânica híbrida para os modelos compactos. No caso dos novos HR-V e City, o conjunto usa o motor 1.5 16V aspirado a gasolina, menor, portanto, que o 1.8 do Corolla Cross híbrido. Assim, o conjunto da Honda promete ser mais acessível.
Além disso, a marca pretende nacionalizar seu sistema híbrido, para ter um custo menor. O Corolla Cross, por exemplo, tem a mecânica importada do Japão, o que deixa a versão híbrida mais vulnerável aos aumentos do dólar norte-americano. Não por acaso, o SUV médio da Toyota recebeu mais um reajuste e já beira os R$ 200 mil na versão híbrida completa.
Como é o HR-V europeu?
Na Europa, o novo Honda HR-V será vendido exclusivamente na versão e:HEV. Sua mecânica une o motor 1.5 a gasolina a outro motor elétrico, e entrega média de consumo formidável, assim como um bom desempenho. Segundo a marca, o HR-V híbrido é capaz de fazer uma média de consumo de até 18,5 km/l de gasolina.
O sistema da Honda traz o motor 1.5 aspirado a gasolina de ciclo Atkinson. Ele difere do 1.5 flexível à venda no Brasil, e gera 106 cv e 12,9 mkgf de torque. Contudo, quando associado ao motor elétrico, o desempenho chega a 131 cv e 25,3 mkgf. Essa potência é equivalente ao de motores 1.0 turbo, caso do novo Fiat Pulse, porém com torque de Polo GTS 1.4 turbo.
Assim, a Honda anuncia aceleração de zero a 100 km/h em rápidos 10,6 segundos no HR-V híbrido. E, mais importante, o SUV emite 122 g/km de CO2. Além disso, por ser híbrido, utiliza apenas eletricidade em certos momentos, como quando no trânsito pesado das grandes cidades. Dessa forma, nestas situações o modelo é livre de emissões.
Ainda de acordo com a fabricante, o HR-V e:HEV oferece três diferentes modos de condução: econômico, híbrido e esportivo. Ou seja, conforme o ajuste escolhido, muda de comportamento para tornar a condução mais esportiva ou voltada à economia de combustível. Por fim, tal como nos híbridos da Toyota, o Honda HR-V regenera energia nas frenagens.
Novo design
Em relação ao estilo, a nova geração do Honda HR-V continua a apostar na elegância, com linhas limpas e não muito esportivas, nem tão quadradas. Por fora, o SUV mantém o visual urbano e aposta em soluções modernas, como a iluminação Full LEDs. Outro destaque são as lanternas que se conectam por uma barra que corta a tampa traseira do porta-malas.
Por dentro, a cabine também preserva o visual mais limpo e sem grandes modificações. A maior mudança em relação ao modelo atual é a longa saída de ar na parte superior. Ela se estende de um canto ao outro canto do painel, e é interrompida apenas pelo display do quadro de instrumentos, e pela central multimídia, que agora é flutuante.
Outra mudança no modelo são os controles do ar-condicionado, que era digitais e, agora, passam a ser operados por três botões. Logo abaixo, há um pequeno espaço para carregar o celular por indução. Por fim, o novo volante multifuncional de três raios é mais fino que o atual, e o quadro de instrumentos terá display digital colorido e configurável.
Já a nova multimídia tem tela de 9 polegadas que utiliza o sistema Honda Connect. O software dispõe de Wi-Fi nativo e possibilita comandar o carro pelo celular. Dá, por exemplo, para usar a smartphone como chave do veículo, assim como a BMW Digital Key.
Foco na segurança
A Honda vai equipar toda a sua gama nacional com o pacote Sensing. Assim, recursos semiautônomos como frenagem automática de emergência com detector de pedestres, assistente de permanência de faixa, controle de cruzeiro adaptativo com reconhecimento de placas de trânsito e alerta de ponto cego estarão disponíveis no SUV nas versões mais caras.