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Novo Série 3 será feito no Brasil em julho
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Novo Série 3 será feito no Brasil em julho

Para montar novo Série 3 e X4, fábrica catarinense da BMW recebe investimento de R$ 125 milhões

Rafaela Borges

16 de mar, 2019 · 5 minutos de leitura.

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Novo Série 3
Novo BMW Série 3
Crédito:Foto: Rafaela Borges/Estadão
Novo Série 3

A data do início da produção do novo Série 3 no Brasil está confirmada: julho. O modelo nacional deverá começar a ser vendido no mesmo mês.

O modelo será feito na fábrica da BMW em Araquari, em Santa Catarina. Além do Série 3, a marca alemã também montará nessa planta a nova geração do X4.

Para isso, a unidade está recebendo investimento de R$ 125 mil. Desde 2014, quando a planta foi inaugurada, nela já foi investido R$ 1 bilhão.

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Chegada do novo Série 3

Antes disso, a BMW começa a vender o novo Série 3 importado da Alemanha. O modelo, que passou por processo de pré-venda, chega às concessionárias em 28 de março.

Seus preços são de R$ 219.950 para a versão Sport e R$ 269.950 para a M Sport. Ambas são 330i, o que significa que têm motor 2.0 de quatro cilindros e 250 cv – 13 cv a mais que na geração anterior, quando essa configuração era chamada de 328i.

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As duas versões se diferenciam por equipamentos. Apenas a topo de linha tem itens como assistente de estacionamento reverso, capaz de fazer manobras de ré (em garagens e ruas sem saída, por exemplo), sistema semiautônomo de condução (funciona até 210 km/h) e painel totalmente virtual.

Apenas um lote do novo Série 3 alemão será trazido ao País – de cerca de mil unidades.

A montagem do Série 3 antigo no Brasil foi encerrada em janeiro. Quanto ao novo, a expectativa da BMW é de que ele continue respondendo por 30% das vendas da marca.


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Nacionalização

Inicialmente, no Brasil será feita também a versão 330i. Porém, a BMW também montará outras opções do novo Série 3 no País ainda este ano. Embora não tenha confirmado qual, a expectativa é de que seja a 320i.

Com a nacionalização dos novos Série 3 e X4, a BMW é a única montadora de luxo que anuncia, por enquanto, novos investimentos no País. A Audi, ao menos por ora, não fará o Q3 de segunda geração no Brasil.

O modelo será importado a partir do ano que vem. Quanto ao A3 Sedan, ainda não há nova geração revelada. A atual é produzida em São José dos Pinhais (PR).


A Mercedes-Benz, por sua vez, monta em Iracemápolis (SP) GLA e Classe C, que também ainda não foram renovados no exterior.

Embora a fábrica não tenha confirmado, há rumores sobre a nacionalização do Classe A Sedan.

A Land Rover ainda não anunciou se vai nacionalizar a nova geração do Evoque, que está sendo lançada na Europa. Além dele, a empresa inglesa monta em Itatiaia (RJ) o Discovery Sport.


Novos produtos

A BMW terá ao menos 15 lançamentos no País até o fim do ano. Além dos renovados Série 3 e X4, estão confirmadas as novas gerações de X5 e Z4.

Também vão vir os inéditos X7, Série 8 Coupé e i8 Roadster. Além deles, a BMW terá outros sete lançamentos no País até o fim do ano (um deles deverá ser o 320i).

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”