Você está lendo...
Passat, Tiguan e T-Roc serão os últimos carros a combustão na VW
Mercado

Passat, Tiguan e T-Roc serão os últimos carros a combustão na VW

VW vai encerrar produção dos modelos com motores a combustão e terá apenas elétricos na Europa; para o Brasil, marca vai lançar o híbrido flex

Rodrigo Tavares, Especial para o Jornal do Carro

05 de abr, 2023 · 5 minutos de leitura.

Publicidade

t-roc
Junto de Passat e Tiguan, SUV será um dos últimos da marca a receber motores à combustão
Crédito:Volkswagen/Divulgação

Enquanto se organiza para aumentar sua linha de veículos elétricos, a Volkswagen se prepara para algo inevitável: a extinção de novos motores a combustão. O CEO da empresa alemã, Thomas Schäfer, em entrevista ao jornal alemão Automobilwoche, disse que, por enquanto, o novo SUV T-Roc será o último novo motor a combustível fóssil da marca.

O modelo se junta ao Volkswagen Passat Variant e Tiguan como os últimos carros da marca que terão motores a combustão. Assim, os modelos que tem novas gerações já confirmadas ainda terão motores a gasolina ou diesel. Mas serão os últimos disponíveis nessas configurações. O Tiguan Allspace, por exemplo, já estreou na Argentina e está próximo do Brasil.



volkswagen
SUV T-Roc será um dos últimos a receber novo motor a combustão (VW/Divulgação)

Publicidade


Prevista para 2025, a nova geração do T-Roc deve consolidar o fim do uso de motores com combustível fóssil, pelo menos na Europa. Segundo Schäfer, novos veículos com essa motorização não estão no horizonte da empresa, pelo menos por enquanto. A afirmação, porém, não crava que os modelos com motores térmicos terão fim definitivo na empresa. Mas apenas que novos motores desse tipo não estão em desenvolvimento.

O posicionamento de Schäfer confirma a recente fala do CEO do Grupo Renault, Luca de Meo, que afirmou que nenhuma montadora está trabalhando em um novo motor a combustão na Europa. O Golf, por exemplo, receberá uma atualização em 2024, mas não há possibilidade de a nova geração ter motor a combustão. Daí a expectativa pelo conceito VW ID.2All, que antecipa o futuro compacto elétrico da marca com dimensões de hatch médio, mas com consumo de Polo.


Polo depende do Brasil para continuar em linha

Ainda assim, o continente europeu recentemente estendeu o prazo para o banimento de novos motores à combustão, previsto para 2035, o que pode prolongar a vida útil de projetos em andamento. Novos modelos poderão rodar livremente, desde que utilizem combustíveis sintéticos.

O CEO da marca afirmou ainda que, graças às restrições impostas pelas regras de controle de emissões Euro 7, o Polo está com os dias contados. Sem disponibilidade de uma versão com tecnologia híbrida, o hatch continuará em mercados como o Brasil, onde a versão Track substituiu o longevo Gol. Nesse caso, é possível que o elétrico ID.2all assuma seu lugar no Velho Continente.

No Brasil, a Volkswagen anunciou recentemente novidades para os próximos meses, bem como a vinda do SUV ID.4, demarcando sua intenção de vender elétricos no Brasil. Ainda sem planos oficiais de ser 100% elétrica no País, a marca acredita que futuros modelos híbridos, movidos a etanol, possam ser a chave para descarbonização do planeta.


O Jornal do Carro está no Instagram, confira!

O Jornal do Carro está no Youtube

Inscreva-se
VW POLO TSI 2023: COMO É A VERSÃO TURBO COM CÂMBIO MANUAL
Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.